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Campus de Bom Jesus sedia abertura do Projeto Cultura no Campus

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Transformar músicas, pinturas, danças e roteiros teatrais produzidos por acadêmicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em uma arte em constante circulação. Este é o objetivo do Projeto "Cultura no Campus", uma realização da Pró-Reitoria de Extensão (PREX/UFPI), por intermédio da Coordenadoria para Assuntos Comunitários e Culturais (CACC/PREX). Na noite da última sexta-feira (30), a quadra do Colégio Técnico de Bom Jesus (CTBJ) - localizado no Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) - foi palco da abertura solene da iniciativa, com espetáculo músico-teatral que será levado, também, para os campi de Picos, Parnaíba e Floriano.

Reitor da UFPI afirma que sua presença no evento intenciona reforçar o caráter permanente do Projeto "Cultura no Campus"

Durante o evento, estudantes do CPCE, membros da comunidade bom-jesuense e autoridades administrativas da UFPI acompanharam ritmos musicais e encenações interpretados e/ou produzidos pelos alunos do Campus Ministro Petrônio Portella (CMPP - Teresina). Os grupos Fábula, Tom da Bossa, Neanderthais e Bem-Te-Vi Atrevido apresentaram canções autorais e fizeram homenagens a grandes nomes da música brasileira e internacional. Também se apresentou a banda de forró pé-de-serra "Forró do Acocado", formada por membros da comunidade de Bom Jesus.

Estudante do curso de graduação em Artes Visuais da UFPI, o artista plástico Valdsom Braga abriu o evento encenando o Monólogo "O Vendedor de Sonhos", no qual interpretou um espantalho que reencontra um coração até então ausente em sua estrutura corporal inorgânica e, a partir daí, tece diversas reflexões sobre a vida. Ao fim do olhar sobre si mesmo, o personagem entende que não basta conhecer os sentimentos positivos, mas sempre cultivá-los e deles procurar novas versões diariamente. O homem de palha assegura ao público: "Sonhar é a motivação da vida; desistindo, ficaremos perdidos".

O acadêmico paraense relata que sua produção cultural teve início aos seus 14 anos de idade. Mas não só o teatro já levou Valdsom Braga a Recife, Bahia e Rio de Janeiro. Durante a solenidade de abertura do Projeto "Cultura no Campus", o artista expôs quatro pinturas em tela. A exposição "Coração Brasileiro" retrata o multiculturalismo do país, espécies vegetais e acontecimentos característicos da doutrina cristã.

Valdsom Braga interpreta espantalho introspectivo, único amigo de Pedro, jovem solitário que sempre trabalhou na lavoura

Presente à ocasião, o Reitor da UFPI, Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, afirmou que sua visita ao município para participar do espetáculo teve por objetivo reforçar o interesse da gestão superior em estimular a integração entre a Instituição de ensino e a sociedade. Ele acrescentou a intenção da administração em "fortalecer a formação dos estudantes, fornecendo bolsas aos músicos e demais artistas da UFPI para que eles possam se deslocar da capital para o interior e vice-versa".

Público interagiu com músicas autorais interpretadas pelo Grupo Fábula

"Uma universidade viva é aquela que, além de pesquisa e extensão, oferece esporte e cultura para atrair ao seu espaço não só acadêmicos, mas pessoas que nela não trabalham ou estudam. Já existe uma programação dessa caravana para todos os campi, e planejamos levar outros concertos para além de Teresina, como o musical Mamma Mia In Concert. Esperamos que, nos fins de semana, a UFPI possa ser usada como espaço de lazer por toda a comunidade piauiense após algum tempo", disse o Reitor.

Obras do estudante de Artes Visuais Valdsom Braga retratam cenários naturais e espaços já frequentados pelo homem

Pinturas expostas durante abertura do projeto cultural associam o sagrado à natureza bem conhecida pelos nordestinos

Coordenador do projeto e, também, do curso de graduação em Música da UFPI, o professor Cássio Martins destacou a diversidade de estilos dos grupos formados pelos próprios alunos do curso. O maestro aplicou a variedade nos conjuntos que se apresentaram no CPCE e, durante o anúncio das atrações que se seguiriam, fez um convite aos artistas do município para que participassem do movimento cultural itinerante.

Professor Cássio Martins apresenta proposta de arte itinerante ao público

"Temos produzido óperas, grandes concertos sinfônicos e musicais. Este projeto recente surgiu da sugestão de docentes e demais colegas de trabalho para expandir a produção do Departamento de Música e Artes Visuais para outros campi e, em setembro, já visitaremos o campus de Parnaíba. Os grupos que se apresentam nesta ocasião são especialistas em diferentes estilos musicais, a exemplo do pop rock, blues, choro, samba e bossa nova. Mas a proposta não se restringe à participação dos ‘talentos da nossa casa', mas busca que, em parceria com a Universidade, grupos da comunidade possam, também, interagir com o espaço acadêmico", explicou.

Cinobelina Elvas

O Campus Universitário de Bom Jesus iniciou suas atividades em outubro de 2006 e possui cinco cursos de graduação: Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Licenciatura em Ciências Biológicas, Medicina Veterinária e Zootecnia. De acordo com o Diretor do campus, Professor Stélio Bezerra, "o projeto foi sempre uma demanda muito forte, também, da classe dos discentes". As artes não fogem ao interesse dos estudantes de áreas que aparentam pouca conexão com a música, dança e dramaturgia, conforme defende o diretor.

"Nada impede que um agrônomo, veterinário, zootecnista, biólogo, engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal consiga exercer, além de suas atividades profissionais, uma atividade cultural e artística. Acreditamos que a promoção de eventos desta natureza enriquece profissionalmente e pode despertar a veia artística de nossos estudantes para criar música, dança, poesia e pinturas. Este intercâmbio de culturas poderá levar nossos discentes a, mesmo estudando as ciências agrárias, despertar a paixão pela cultura nas suas mais diversas formas", colocou.

Estudantes do curso de Engenharia Florestal do CPCE/UFPI, Tiago Brito e Glaciellen de Oliveira afirmam ter aprovado a proposta pela "mistura de ritmos", e a classificaram como "nova opção de lazer na cidade". Eles dizem estar ansiosos por entrar em contato com novos estilos musicais conforme a ação volte a ser realizada em Bom Jesus, como o ritmo do reggae.

À sugestão, o Pró-Reitor de Extensão da UFPI, professor Miguel Cavalcante, acrescentou que "o programa foi incluído no plano de metas da Pró-Reitoria de Extensão (PREX) que segue até 2016". A intenção é "ligar pontos culturais interna e externamente ao ambiente acadêmico. Ao tempo em que a ideia será cultivada em cada campus, será feita a migração de iniciativas culturais entre eles. Desta forma, espera-se que, a longo prazo, a cultura regional de Bom Jesus possa ser conduzida a Parnaíba, a cultura de Picos a Teresina e assim por diante".

Mais registros fotográficos do evento

A formação atual do grupo Tom da Bossa é recente, e os estudantes apresentaram performance inteiramente instrumental ao som de trompete, violão, contrabaixo e bateria

Subtenente do Exército, Luís Paulo Brandão coordena um grupo de percussão em Picos-PI e animou o público ao som de seu pandeiro, reforçando que "É preciso dar valor à riqueza que o Piauí conserva"

Juntos há quatro anos, Os Neanderthais apresentaram músicas autorais, canções de rock dos anos 80 e a música Hallelujah, composta pelo canadense Leonard Cohen

Bem-Te-Vi Atrevido é um Grupo Regional de Choro que existe há um ano

Componente do grupo Bem-Te-Vi Atrevido, o estudante de Música da UFPI Daniel Santiago levou ao palco um violão de sete cordas

Rute Santos interpretou a canção "Carinhoso", de Pixinguinha, com fundo instrumental produzido pelos músicos do grupo Bem-Te-Vi Atrevido

Apresentação do grupo "Forró do Acocado" encerrou evento e ilustrou interesse da administração superior em promover a troca cultural entre academia e comunidade

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