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CPCE: zootecnista ressalta eficácia do consumo de insetos como opção nutritiva e sustentável

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Última atualização em Quarta, 26 de Agosto de 2020, 12h21

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Insetos fritos

Fonte: Charoenkrung.Studio99 / Shutterstock.com

Dentre as milhares de espécies de insetos que foram identificadas no mundo, 1900 são conhecidas como fonte de proteína comestível para seres humanos e animais. Os mais utilizados na alimentação são besouros, lagartas, formigas, gafanhotos, baratas, grilos, moscas e escorpiões. Estes animais possuem maior teor de proteína quando comparados à proteína de origem vegetal, sendo ricos em aminoácidos e ácidos graxos essenciais, vitaminas, fibras e minerais.

A Zootecnista Elayne Lopes, do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE), explica que os insetos são considerados fontes proteicas, pois possuem em torno de 50% de proteína bruta. Pontuam que eles são produzidos industrialmente como um ingrediente gourmet para a culinária humana, alimentos para pets e animais de zoológicos. Os insetos podem ser utilizados vivos, enlatados, secos, em forma de pó (farinha), fritos ou incorporados em outros alimentos.

"A entomofagia é o consumo de insetos por seres humanos, e segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo já consomem insetos, mais comumente na África, Ásia e América do Sul. Mas, o potencial de utilização de insetos é muito maior, tendo em vista que a criação de insetos necessita de pequeno espaço, fácil manejo, alta taxa reprodutiva, alta eficiência na conversão alimentar, e ainda são capazes de degradar resíduos orgânicos, como restos de alimento e de culturas, compostagem e esterco animal, podendo transformá-los em proteína de alta qualidade", comenta Elayne.

Insetos fritos20200826100751

Insetos fritos

Fonte: Charoenkrung.Studio99 / Shutterstock.com

A produção de proteína pela criação de animais de produção (aves, suínos, bovinos) e pelo cultivo de grãos (soja, sorgo) requer alto uso de terras, energia elétrica e água, além de contribuem para a poluição do solo e das águas subterrâneas. "Assim, o uso de insetos na alimentação animal e humana contribui para a redução da degradação ambiental, mitigação de gases do efeito estufa e torna o setor mais sustentável e economicamente viável. Além do que, os insetos quando incluídos nas dietas de animais de produção, seus resíduos podem ser utilizados na própria alimentação dos insetos, formando um ciclo produtivo reduzindo os impactos ambientais causados pelo setor", explica Elayne.

O uso de insetos na alimentação humana e animal é uma forma de promover a sustentabilidade de baixo custo ecológico. Assim, a criação de insetos em larga escala produz um alimento nutritivo e de baixo valor econômico e ecologicamente correto.

Literatura consultada pela Zootecnista Elayne

Allegretti, G. et al. 2017.Insect as feed: An emergy assessment of insect meal as a sustainable protein source for the Brazilian poultry industry. Journal of Cleaner Production. v. 171, p. 403-412,

Bhat, Z. F.; Kumar, S. e Fayaz, H. 2015. In vitro produção de carne: desafios e bem fits sobre a produção de carne convencional. J. Integr. Agric. v. 14, p. 241-248.

Fowles, T.M. e C. Nansen. 2019. Artificial selection of insects to bioconvert pre-consumer organic wastes. A review. Agron. Sustain. Dev. 39: 31.

Morales-Ramos J. A. et al. 2020. Self-selection of food ingredients and agricultural by-products by the house cricket, Acheta domesticus (Orthoptera: Gryllidae): A holistic approach to develop optimized diets. PLOS ONE. 15: e0227400.

Van Huis, A. 2013. Potential of insects as food and feed in assuring food security. Annu. Rev. Entomol. v. 58, p. 563–583.

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