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Descobertos répteis da Era Paleozoica em Nazária e Palmeirais

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Última atualização em Sexta, 06 de Março de 2020, 09h07

 

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Descoberta de réptil em Nazária

Uma pesquisa liderada pelo Prof. Dr. Juan Cisneros, Diretor do Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em conjunto com uma equipe internacional de paleontólogos das seguintes instituições: Museu Field de Chicago (EUA), Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte (EUA), Museu Iziko (África do Sul), Universidade Humboldt (Alemanha), Universidade de Buenos Aires (Argentina), Museu de História Natural (Reino Unido), descobriu répteis da Era Paleozoica em pedreiras localizadas nos municípios piauienses de Nazária e Palmeirais.

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Descoberta de réptil em Palmeirais

A idade dos fósseis encontrados é de 280 milhões de anos. Os achados ocorreram nos anos de 2015 e 2016, mas para estudá-los foi necessária a visita a museus nos Estados Unidos para fazer comparações com fósseis encontrados nesse país. São répteis conhecidos como “captorrinídeos”. Eram parentes muito distantes dos lagartos, mas pertencem a um grupo extinto (não deixaram descendentes nos dias de hoje).

 Ilustração dos répteis por Vítor Silva20200306090041

Ilustração dos répteis por Vítor Silva

Foram encontradas duas espécies, uma delas é pequena, media uns 35 cm, e outra era um pouco maior, medindo uns 70 cm. Os tamanhos são estimados pois só foram encontradas partes do crânio dos animais. Estes répteis viveram no Período Permiano da Era Paleozoica, são mais antigos que os dinossauros, e viveram ao mesmo tempo que a Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina.

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Crânio de réptil

O Prof. Dr. Juan Cisneros explica sobre a importância da descoberta. “Os répteis achados em Nazária e Palmeirais tinham hábitos herbívoros e se alimentavam de plantas que existiram na Floresta Fóssil de Teresina. Com esta informação podemos reconstruir as relações ecológicas entre herbívoros e plantas, no final da Era Paleozoica. Estes répteis tinham parentes próximos nos EUA, e nos ajudam a entender melhor as relações entre a fauna brasileira e a fauna dos EUA numa época em que os continentes estavam unidos, formando o supercontinente de Pangeia. Este estudo fortalece as pesquisas paleontológicas feitas pela UFPI”, afirma.

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Mandíbula de réptil

O estudo foi divulgado na revista internacional PeerJ (https://dx.doi.org/10.7717/peerj.8719), considerada uma referência importante na área das Ciências Biológicas.

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