Na tarde desta quinta-feira (18), a Vice-Reitora, e Reitora em exercício, da Universidade Federal do Piauí, Prof.ª Dr.ª Nadir Nogueira, recebeu no Salão Nobre da Reitoria, a professora Maria do Patrocínio Nunes, representantante do Conselho Nacional de Residência Médica/MEC; Maurício Paes Landin, representante do GEP; a Prof.ª Dr.ª Regina Ferraz, Diretora do Centro de Ciências da Saúde do campus Ministro Petrônio Portella; o Prof. Dr. Avelar Alves da Silva, Superintendente do Hospital Universitário; Carlos Iglézias Brandão de Oliveira, Diretor Geral do Hospital Getúlio Vargas; Prof. Dr. Ricardo Martins, representante da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), além de coordenadores de disciplinas da UFPI e da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), professores e residentes, para discutir sobre a transição dos programas de Residência Médica do Hospital Getúlio Vargas para o Hospital Universitário (HU).
Atualmente, existem dez programas de residência médica no Piauí. A UFPI é responsável por oito desses programas e a UESPI por dois. Em sua maioria, são realizados em convênio com o Hospital Getúlio Vargas, hospital de ensino, pesquisa e extensão, que conta com programas de residência médica em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Oftalmologia e Ginecologia.
Segundo a professora Maria do Patrocínio Nunes, representantante do Conselho Nacional de Residência Médica/MEC, o Piauí encontra-se em um momento muito oportuno para a expansão da Residência Médica, tanto para os alunos de Medicina como para a comunidade. "Essa é a oportunidade para pensarmos como vamos atender essa demanda, quais são os principais problemas, pensando que essa tranferência possibilitará o pleno funcionamento do hospital, com qualidade para atender a população e oportunizando a criação de novas vagas de residencias médicas aqui no estado", explicou a representante do MEC.
De acordo com a Prof.ª Dr.ª Nadir Nogueira, a administração superior da UFPI realizará um processo de transferência planejado que cumprirá um calendário previamente discutido e sem perder de vista a qualidade dos serviços oferecidos. "A qualidade é a base que fundamenta todo esse processo. A Residência Médica precisa ser muito bem pensada e programada, com uma transição tranquila, respeitando os convênios, cumprindo prazos, evitando prejuízos principalmente para aqueles que mais precisam, os pacientes", afirmou.
Na ocasião, o Superintendente do HU, Prof. Dr. Avelar Alves da Silva, apresentou um resumo dos dados e dos serviços oferecidos pelo hospital, ressaltando que em termos de infraestrutura o HU está completo, mas que ainda precisa se expandir em relação ao ensino e a pesquisa. "Ontem o HU era um sonho. Hoje o HU é um hospital. Mas para que amanhã ele se torne um hospital universitário, é preciso a presença da academia", frisou.
Para Carlos Iglézias Brandão de Oliveira, Diretor Geral do HGV, mais importante que a rapidez na transferência e implantação dos programas é o compromisso com a qualidade dos mesmos. Além disso, o Diretor destacou que esse é um processo que envolve muitos profissionais, o que exige maiores cuidados para que não haja prejuízo para nenhuma das partes envolvidas.
Os representantes discentes dos residentes avaliam a mudança com bastante expectativa e apontam as demandas que cada programa apresenta. "Nós, residentes, acompanhamos essa transição com bastante ansiedade, pois queremos encontrar novos aparelhos. Há também o fato do ambulatório ficar do lado do Centro Cirúrgico, então são muitos os aspectos positivos advindos com essa transição, apesar de sabermos que toda mudança é complicada, envolvendo receios e dificuldades", afirmou o residente Therso Nascimento.
A reunião oportunizou a ampliação do debate a respeito do tema, havendo a inclusão de representantes da UESPI, pois esta ocupará o espaço que hoje a UFPI ocupa no HGV, e já existem representantes de discentes da graduação na Comissão de Transição de Residência Médica.
"Todas as sextas-feiras, às 10h, os integrantes da Comissão se reúnem para discutir métodos, prazos e avaliarmos o que está sendo colocado em prática. Objetivamos uma transição cautelosa, planejada e que possibilite o melhor para ambos os lados. Além disso, é importante ressaltar que o curso de Medicina da UFPI nunca deixará integralmente o HGV", destacou a Prof.ª Dr.ª Regina Ferraz, diretora do Centro de Ciências da Saúde e presidente da Comissão de Transição de Residência Médica.
Após a reunião, a Vice-Reitora Prof.ª Dr.ª Nadir Nogueira e os demais participantes, realizaram uma visita ao HU, com o intuito de conhecerem suas instalações e discutirem sobre a capacidade que o hospital oferece.