Audiência discute melhorias no transporte público

Na tarde desta terça-feira (09) foi realizada, no auditório do CCE/UFPI, a audiência pública da Câmara Municipal de Teresina que discutiu a qualidade do serviço de transporte público coletivo na Universidade. Participaram da sessão estudantes, professores, administração superior da UFPI, membros do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Piauí, vereadores, além de representantes da STRANS e do SETUT.

A audiência foi presidida pelo vereador Antônio José Lira (DEM), na qual estiveram presentes o vereador Gilberto Paixão (PT), proponente da audiência; o Deputado Estadual Cícero Magalhães (PT); representantes da Câmara Municipal, vereadores Paulo Roberto (PTB), Rosário Bezerra (PT), José Ferreira (PT), Luís André (PPS), além do superintendente da STRANS, Pang Xiao; a Procuradora Geral do Ministério Público, Janaína Rose Ribeiro Aguiar; o prefeito universitário, José Alves de Mendonça Filho; a professora Ana Beatriz, vice-diretora do CCE; o professor Mário Angelo, presidente da Adufpi; a professora Lina Santana, presidente da Associação dos Professores da UESPI; Raíssa Andrade, presidente do CA de Pedagogia da UFPI; Thailine Rodrigues, representante do Movimento "Passe Livre"; Rebeca Monteiro, representante do DCE da UFPI, e José Alves de Sousa Balalão, representante das entidades populares.

Para o vereador Gilberto Paixão (PT), a situação do transporte público de Teresina não é um tema novo. "A situação do transporte coletivo de Teresina não é uma demanda atual. O grande foco deste Fórum é o despertar da sociedade através da comunidade acadêmica, que lida diretamente e diariamente com um transporte público caro e de péssima qualidade", afirmou.

Durante a audiência, foi divulgado o resultado da pesquisa realizada na semana passada por meio da página eletrônica da UFPI, na qual os alunos avaliaram o serviço de transporte público dentro da universidade. No questionário, os estudantes responderam perguntas como: quais linhas de ônibus são utilizadas para chegar ao campus, tempo de deslocamento, número de condução necessário para o trajeto, utilização da integração, custo mensal com transporte, entre outros questionamentos.

Para Socorro Silva, uma das organizadoras do Fórum, a intenção é que a audiência traga resultados efetivos. "Essa pesquisa mostrou que 98% dos alunos da UFPI utilizam transporte público e 70% deles avaliam o transporte como ruim ou péssimo. Isso nos mostra que aumentou a mobilidade acadêmica, mas não a mobilidade humana. A universidade está cumprindo o seu papel na medida em que aponta os dados, e a prefeitura precisa se posicionar diante de tantos problemas, encaminhando e resolvendo essas demandas. Esperamos terminar essa audiência com resultados efetivos para a melhoria de vida dos estudantes", disse.

A pesquisa foi realizada no período de 01 a 05 de julho deste ano, na qual participaram 556 alunos, de uma amostragem geral de 25.054. Participaram da amostra alunos do CCE, CCHL e CCN da UFPI, Campus Petrônio Portella. "A pesquisa teve o intuito de traçar um perfil dos estudantes que utilizam o transporte público para chegar à universidade. Este fórum representa um espaço onde os estudantes finalmente têm a oportunidade de expor as suas dificuldades, além de ser um importante espaço para que a própria reitoria possa conhecer a realidade dos alunos desta Instituição", explicou Raíssa Andrade, presidente do CA de Pedagogia da UFPI.

 

O Deputado Estadual Cícero Magalhães, frisou a importância dessa iniciativa ter partido da própria população acadêmica. "Parabenizo a iniciativa, pois esta partiu do nosso alunado que sofre diretamente com a situação precária do transporte público de Teresina. Há, portanto, uma necessidade imediata de solucionar todos esses problemas e isso inclui não apenas a dimunição da passagem, mas a melhoria de modo geral, incluindo a implantação do passe livre", disse.

A audiência foi uma realização do Fórum Universitário em Defesa do Transporte Público em parceria com os Centros Acadêmicos, DCE, Observatório de Juventude, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação, Gênero e Cidadania (NEPEGECI), e contou com o apoio institucional da Universidade Federal do Piauí.