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Laboratório de Geoquímica Orgânica da UFPI desenvolve 3º projeto em parceria com a Petrobrás

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Última atualização em Sexta, 22 de Novembro de 2019, 17h54

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Lago, laboratótrio da UFPI inaugurado em 2013

Com mais de 15 anos de atuação, o Grupo de Geoquímica Orgânica da UFPI, coordenado pelo Prof. Dr. Sidney Gonçalo de Lima, acaba de aprovar um novo projeto de pesquisa, desenvolvido em parceria com a Rede de Geoquímica Orgânica da Petrobras, no valor de aproximadamente R$ 1,9 milhão. O projeto intitulado “Utilização de hidrocarbonetos neutros e ácidos na avaliação de sistemas petrolíferos da Bacia Potiguar” será voltado para a análise de Biomarcadores em Rochas Sedimentares (Rochas Geradoras) e Petróleos da Bacia Potiguar, no Nordeste do País, fornecendo informações importantes para conhecer a qualidade e a história geológica do petróleo.

          

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Amostra de testemunho de rocha geradora e petróleo

Ao todo, serão analisadas cerca de 60 amostras de testemunhos (fragmentos de rochas do período Cretáceo, com cerca de 120 milhões de anos, que serão coletados pela Petrobrás na Bacia Potiguar, que se estende pelos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Segundo dados de abril de 2015, a Bacia Potiguar conta com 102 campos de produção e em desenvolvimento, e produz um total de 1,74 milhão de barris de petróleo. No projeto, pretende-se analisar moléculas orgânicas específicas, chamadas de biomarcadores ou fósseis moleculares, que podem fornecer informações valiosas a respeito da qualidade de petróleos, bem como dos processos que afetam a sua geração, produção e refino.

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Prof Sidney Lima, Coordenador do LAGO

“Neste projeto, iremos investigar novos biomarcadores relacionados aos processos que afetam a qualidade de amostras petróleos, tais como a biodegradação, o paleoambiente deposicional, o grau de evolução térmica, a fonte da matéria orgânica presente nas rochas geradoras, se a matéria orgânica presente atingiu o estágio para a geração de petróleo, o caminho e as transformações ocorridas durante de migração no subsolo. Esses processos inflenciam diretamente o valor comercial do petróleo e as informações são importantes quando um reservatório está sendo considerado para desenvolvimento e exploração comercial” explica o coordenador do projeto, Prof. Sidney.

 

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Processo de extração e isolamento de biomarcadores

Outra frente de atuação do projeto é o desenvolvimento de uma nova metodologia de extração de biomarcadores para atender às demandas da rede de geoquímica, promover o estudo do paleoambiente das amostras e realizar uma melhorar caracterização.

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Sistema de análise, GC-MS Bidimensional (MDCG, Shimadzu)

“Análise de petróleo no Laboratório é muito laboriosa e requer muitas etapas de preparo até obtenção das informações relevantes para a indústria de petróleo. O que estamos propondo são maneiras alternativas de isolamento, identificação e análise de novos biomarcadores que possam auxiliar na caracterização de amostras geológicas”, diz o Prof Sidney.

 

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 Extração de matéria orgânica de rochas sedimentares

Com início dos trabalhos já neste mês de novembro de 2019, o projeto será desenvolvido ao longo dos próximos três anos e vai envolver uma equipe de aproximadamente 10 alunos entre estudantes de iniciação científica, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, além de 5 professores pesquisadores, incluindo o coordenador. O projeto tem parceria com grupos de pesquisa de outras instituições, como UFPA, Unicamp e UERJ. O Laboratório de Geoquímica Orgânica da UFPI integra a Rede Temática de Geoquímica e faz parte da estratégia tecnológica da Petrobras, que prevê parcerias e destinação de recursos às instituições nacionais de pesquisa, com foco na resolução de problemas levantados dentro da Rede. 

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Processos cromatográficos, isolamento de biomarcadores

Essa nova proposta de trabalho permitirá aumentar o treinamento de mão de obra especializada e irá acelerar a formação de especialistas em geoquímica orgânica, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento nos níveis de graduação, mestrado e doutorado.

“A aprovação do Projeto reforça a confiança que conquistamos junto à Rede, através dos trabalhos ou resultados alcançados até aqui e, ainda, com os recursos humanos que temos formado no grupo. Já mostramos para a rede que temos um grupo coeso e capacitado para desenvolver trabalhos em geoquímica-orgânica", explica o Prof. Sidney Lima.

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Sistema de análise, LC-MS (micrOTOF-QII, Bruker)

O Grupo de Geoquímica Orgânica da UFPI iniciou suas atividades há mais de 15 anos, trabalhando com óleos pesados de Fazenda Belém, na Bacia Potiguar. Em 2009 aprovou o primeiro Projeto de infraestrutura do Laboratório sob Coordenação do Prof. Dr. José Arimateia Dantas Lopes, quando foi possível equipar o Laboratório com diversos sistemas cromatográficos modernos, tais como um GC-MS Bidimensional (MDCG, Shimadzu), GC-MS/MS (TSQ Quantum, Thermo Scientific), GC-HRMS (GCT Premier, Waters), UFLC-DAD (Shimadzu) e LC-MS (micrOTOF-QII, Bruker). Ao todo, o Grupo já conseguiu aprovar três projetos, em um total de mais de R$ 5 milhões investidos em pesquisas e desenvolvimento e na aquisição de infraestrutura.

De acordo com o Reitor, no decorrer desses anos o grupo se consolidou pelas suas contribuições no conhecimento dos biomarcadores ácidos das bacias sedimentares Brasileiras (Campos, Potiguar e Sergipe/Alagoas) e sua correlação com os processos de biodegradação.

Atualmente, o LAGO possui sete projetos de iniciação científica, quatro dissertações e quatro doutoramentos em andamento, além de oferecer suporte analítico para pesquisas dos programas de pós-graduação em química, farmácia, biotecnologia, ciência animal, dentre outros.

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