CIATEN realiza Seminário com a proposta de discutir o tema suicídio

Na manhã desta quarta-feira (25) aconteceu no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI) o Seminário "Suicídio: Conhecer para Intervir", organizado pelo Centro de Inteligência em Agravos Tropicais, Emergentes e Negligenciados (CIATEN). O evento abordou o tema sob diferentes perspectivas e contextos, a fim de propor políticas públicas para o controle do problema.

Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

O CIATEN é um centro de inteligência que tem como finalidade aprimorar o controle dos agravos tropicais emergentes e negligenciados no contexto do Estado do Piauí. Os dados de suicídio no estado mostram que o problema de saúde pública tornou-se um agravo emergente e precisa de políticas públicas para a contenção. “A gente vê o Piauí agora com um número elevado de suicídio, comparado com outros municípios, com outros estados, até mesmo dentro e fora do Brasil. Então, são agravos que precisam ter um controle.” Explica Bruno Guedes, Coordenador do CIATEN.

Os convidados do seminário apresentaram a realidade do Piauí em relação ao suicídio, mostrando dados e propostas de intervenção. Zenira Martins (SESAPI) falou sobre “Suicídio – mortalidade e impacto do agravo no Piauí”. Cyntia Meneses (IFPI) abordou “Comportamento suicida em adolescentes e jovens”. O Apoio às pessoas com comportamento suicida foi o tema explicado por Carlos Eduardo (UFPI) e Ticiana Soares (Centro Débora Mesquita) trouxe à discussão a prevenção do comportamento suicida e apoio aos enlutados.

Carlos Eduardo, psicólogo da UFPI

Carlos Eduardo, psicólogo da UFPI, ressaltou em sua fala as questões macro que precisam ser consideradas nas discussões a respeito do suicídio e apontou a descentralização do foco das campanhas de setembro amarelo somente para os estudantes, pois, neste ano, ações também foram direcionadas aos professores. A atividade teve como objetivo trazer processos psicossociais na gestão em sala. “É preciso entender que o que promove saúde no espaço da universidade não é o serviço de apoio psicológico. O professor em sala de aula, ele promove saúde, na gestão da sala de aula se promove saúde. No atendimento ao aluno na biblioteca, se promove saúde [...]”, destacou.

A mesa redonda foi mediada por Márcio Mascarenhas (UFPI)

Ao final da exposição dos temas pelos convidados, estes reuniram-se em mesa redonda mediada por Márcio Mascarenhas (UFPI) para relacionar as demais discussões do seminário com a participação do público presente, uma integração entre a comunidade acadêmica da universidade e a externa à instituição.