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“Agroecologia e construção do bem viver” é tema do II Seminário Internacional Brasil-Colômbia na UFPI

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Última atualização em Sexta, 02 de Agosto de 2019, 11h42

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Lançar luz à discussão sobre um modo  de vida sustentável, levando em conta as especificidades de cada contexto e povos são alguns dos objetivos do II Seminário Internacional Brasil-Colômbia: Agroecologia e construção do bem viver: cenários da América Latina, que acontece na Universidade Federal do Piauí (UFPI), nos dias 14, 15 e 16 de agosto, no auditório do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL). A ideia é fomentar e ampliar o diálogo sobre a produção agroecológica a partir do entendimento de que ela transcende o âmbito da agricultura limpa, atuando também como uma organização da vida, das sociabilidades e do respeito às culturas.

Com as experiências exitosas do I Seminário realizado no ano passado, este segundo momento desenha novamente uma parceria entre a UFPI e a Universidade del Cauca-UNICAUCA (Colômbia), agregando diferentes áreas do saber que conversam em torno de uma mesma temática: compreender a agroecologia como espaço de construção de novas possibilidades para a conquista do alimento limpo e seguro, de proteção dos ecossistemas e de práticas do bem viver.

A Profa. Valéria da Silva é coordenadora da Feira de Base Agroecológica da UFPI e também uma das organizadoras do II Seminário. Ela destaca que é necessário apresentar e reforçar a agroecologia como uma perspectiva para além da agricultura limpa. “Precisamos realçar que ela de fato é um projeto diferente, de organização da produção e da distribuição dos produtos, do respeito às culturas e dos segmentos sociais. Também é essencial vê-la como ciência organizada fora do paradigma epistemológico dominante e filiada ao paradigma emergente. Ela é essa complexidade transdisciplinar, que respeita todos os saberes e os compreende igualmente como legítimos”, explica a professora.

Durante o evento, uma das preocupações é promover o debate sobre os desafios da agroecologia na América Latina, levando em conta os conflitos socioambientais e da construção de tramas agroalimentares nas regiões do Maciço colombiano e no Matopiba brasileiro. Ressalta-se, ainda, que estas são algumas das áreas mais afetadas pelo avanço do capital neoimperialista.

Com programação voltada à busca pelo olhar atento aos aspectos culturais, sociais, econômicos e éticos na promoção de um desenvolvimento rural sustentável, o evento permite assumir papel mais ativo no processo de debate e direcionamento de ações que alcancem mais pessoas, fortificando, dessa forma, a prática agroecológica na nossa região.

E mais do que produzir sem veneno, a Profa. Valéria esclarece que a agroecologia provoca novas práticas sociais e políticas. “O não uso do veneno é só um detalhe, uma das coisas que hoje, na nossa conjuntura, ganha cada vez mais uma perspectiva importantíssima por conta da situação miserável que nós estamos vivendo, focada em comida envenenada. Mas não esqueçamos que a agroecologia é a vida posta em movimento, que traz para dentro de si todos esses aspectos da vida humana. É um projeto diferente de existência no mundo entre as pessoas e o planeta, e delas com os animais,” externa a professora.

Confira programação do evento aqui.

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