O reitor da Universidade Federal do Piauí, Luiz de Sousa Santos Júnior, visitou as obras do novo biotério setorial do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais (NPPM). A nova estrutura beneficiará os estudantes de graduação envolvidos em programas de iniciação científica e os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia do NPPM, que desenvolvem pesquisas utilizando animais de experimentação.
"O novo biotério representa um salto na qualidade das pesquisas. A estrutura física e os novos equipamentos permitirão melhoria nos resultados dos experimentos, com publicação dos resultados em revistas de grande impacto na área científica", disse o reitor.
Para a coordenadora do Laboratório de Pesquisa Cardiovascular da UFPI, profª Drª Aldeídia Oliveira, ter uma pós-graduação com estrutura equivalente aos grandes centros de pesquisa do país dá condição para que a universidade desenvolva pesquisa com qualidade equivalente a estes.
O biotério é um local onde são criados e mantidos animais (como ratos, camundongos e porquinhos-da-índia) com a finalidade de serem usados em experimentos científicos. Neste tipo de ambiente, fatores como temperatura, luminosidade e umidade são rigorosamente controlados, a fim de evitar interferências externas na pesquisa. Para tanto, as instalações devem atender as exigências do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal.
A qualidade dos animais usados em experimentos de pesquisa é um critério de peso na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). "É importante termos uma estrutura funcional com animais de qualidade, que respondam de maneira adequada aos experimentos", disse a profª Drª Rita Meneses, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFPI.
O novo biotério setorial da UFPI tem 132m² de área construída e atende as normas técnicas de controle e manutenção animal. Possui estrutura física e equipamentos adequados para realização de experimentos científicos com a utilização de animais. O espaço conta com salas específicas para cada tipo de cobaia e com equipamentos modernos como uma autoclave de grande porte, para gaiolas e maravalha e sistema air lock que mantém um ambiente pressurizado, garantindo a esterilização entre o meio externo e interno, evitando a contaminação do ambiente. Fatores como luminosidade e temperatura serão controlados digitalmente. Serão adquiridos novas cepas de ratos e camundongos, como os ratos geneticamente hipertensos (SHR) e camundongos balb/c, garantiu o reitor.
Os laboratórios já existentes também serão recuperados. A obra de reforma contemplará 461,22 m², que incluem serviços elétricos, hidráulicos, sanitários, lógicos, pintura, instalação de novas bancadas e armários. O valor total investido é de R$ 628.240,03 mil reais, que contempla investimentos em infraestrutura e equipamentos.
Prédio do novo biotério do NPPM
Profª Drª Aldeídia Oliveira (à esquerda) e Profª Drª Rita Meneses (à direita) recepcionaram reitor durante visita às obras do biotério