A Universidade Federal do Piauí formou, no segundo semestre de 2011, a primeira turma de arqueólogos do Estado. São 19 novos profissionais arqueólogos aptos a estudar os vestígios deixados por grupos humanos que viveram em uma determinada região no passado e para os quais não se têm referências documentais.
Entre os formandos está Zafenathy Carvalho de Paiva, que ingressou na graduação no primeiro semestre de 2008. A escolha do curso se deu no ato do preenchimento de sua ficha de inscrição do vestibular. Mas, hoje, o arqueólogo está ciente e feliz com sua escolha profissional. "Não poderia ter escolhido curso melhor. Hoje, sou feliz, apaixonado e ciente da escolha que fiz", disse.
O recém-graduado afirmou que as dificuldades, comuns a uma primeira turma de graduação, serviram para fortalecer e ratificar a escolha pelo curso. "Encontramos alguns obstáculos. Mas sem eles, não teríamos a certeza que temos hoje. A UFPI foi de grande importância na formação da primeira turma de Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre, nos ajudando sempre quando necessário. Só pelo fato da criação do curso já devemos muito à UFPI, por estar permitindo que este sonho esteja se tornando realidade".
A primeira turma de Arqueologia da UFPI em visita ao Parque Nacional de Sete Cidades, em Piracuruca-PI
Alunos durante aula prática no Parque Nacional da Serra das Confusões, localizado no município de Caracol - PI
Sobre a graduação em Bacharelado em Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre:
O curso de Bacharelado em Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre foi implantado no ano de 2008, no campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina. Com duração de 4 anos (8 semestres), o curso funciona em tempo integral e oferta, anualmente, 40 vagas para o primeiro semestre. As aulas teóricas são ministradas no campus de Teresina e as práticas, a partir do sétimo período, são realizadas nos sítios arqueológicos localizados no interior do Piauí (Parques Nacionais da Serra da Capivara, Serra das Confusões e Sete Cidades).
Coordenado pela professora Maria Conceição Soares Meneses Lage, doutora em Arqueologia Antropologia Etnologia pela Universidade de Paris I - Sorbonne - França, o curso conta com 12 professores, dos quais, oito são doutores, três no final de doutoramento e um mestre iniciando o doutorado. Os docentes-pesquisadores buscam fortalecer e incentivar a pesquisa na área por meio da formação de grupos de pesquisa.
Créditos das fotos: Zafenathy Carvalho de Paiva.