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I Mostra Inclusiva da UFPI teve início nessa sexta-feira (25); atividades continuam hoje

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Conferência de abertura da Mostra

As atividades da I Mostra Inclusiva de Artes e Imagens (Ilustrações, Fotografias e Vídeos) da UFPI foram iniciadas ontem (25) e todos os momentos aconteceram no auditório Professor João Porfírio de Lima Cordão (Departamento de Biologia) com programação ampla e dinâmica. Além da busca pelo respeito à diversidade e pelo diálogo com os diferentes campos da academia, o propósito é dar um retorno à comunidade e aos participantes do projeto por meio da apresentação do material desenvolvido na Oficina Sentirgrafia (Oficina Fotográfica para Cegos).

Segundo a jornalista Manoela Meyer, o projeto tem o intuito de conversar um pouco sobre as possibilidades criativas da fotografia a partir de outros sentidos, que não seja a visão. "Não é uma busca pela perfeição fotográfica, porque fotografar vai além da questão visual. A proposta é fazer com que essas pessoas não só fotografem, mas que elas consigam se relacionar com o que é cidade, com o que são outras pessoas. O que se deseja é que elas saiam de suas casas e busquem uma maneira de ter mais autonomia, que elas possam produzir obras artísticas não estando apenas no campo funcional da fotografia, mas estando no campo de se expressar", explica.

Na conferência de abertura os participantes relembraram o processo de iniciação no universo fotográfico e fizeram relatos de suas dificuldades e experiências. Para Denise Santos, estudante de Serviço Social e também integrante do projeto, a iniciativa veio como uma forma de fazê-la repensar a configuração social existente. "Para mim, esse curso (Sentirgrafia) veio quebrar tabus. Veio desmitificar aquela coisa de que se eu sou cega, eu não posso tirar foto, que não tenho noção de como tirar fotos. E isso veio como forma de estímulos para nós e também para aqueles que enxergam, porque assim eles percebem que pessoas cegas podem tirar foto e está tudo certo", diz a estudante.

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Apresentação musical dos participantes do Sentirgrafia na Mostra Inclusiva

Dilma Andrade, uma das idealizadoras do evento e Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFPI (NAU), destacou que é gratificante realizar um espaço que permite a troca de experiências e diálogos sobre acessibilidade comunicacional com participantes das oficinas de várias cidades. "Mais do que trazer os participantes das oficinas, a busca é permitir a troca com os acadêmicos sobre essa experiência de desconstrução desses processos que a sociedade impõe de achar que fotografia é para quem tem visão, ou de achar que a pessoa com deficiência tem incapacidade quando na verdade o que se tem são limitações, mas elas são mais do que absolutamente capazes", explica.

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Coordenodora do NAU e uma das idealizadoras da Mostra, Profa. Mestre Dilma Andrade

Paulo Henrique, participante do projeto Sentirgrafia da cidade de Campo Maior, conta que seu primeiro contato com a fotografia se deu por meio dessa oficina e que apesar da não familiaridade com a técnica no início, a possibilidade de fazer fotografia tem um grande significado. "A fotografia é uma fonte de renda. A oficina representa um avanço muito grande na nossa vida, porque nós nos sentimos preparados para o mercado de trabalho". Para ele, o preconceito existe e é preciso ir contra essas ideias pré-concebidas, "Nós até entendemos quando a pessoa não confia tanto na pessoa com deficiência, mas nós é que temos que tirar esse preconceito e provar à sociedade que também temos condições de exercer a arte de fotografar", relata.

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Paulo Henrique, membro do projeto Sentirgrafia da cidade de Campo Maior

Segundo Dilma Andrade, a busca é por uma consciência mais inclusiva, respeitosa e para que os estudantes e as pessoas presentes possam repensar suas produções, tornando-as disponíveis a todos. "É preciso pensar numa acessibilidade que todos realmente tenham acesso. Se pensarem em dirigir um curta, por exemplo, que ele seja acessível, que ele tenha áudio-descrição e legendas. E isso é para que as pessoas que não podem ver tenham a chance de ouvir; para as que não conseguem ouvir, vejam e entendem a mensagem que esse profissional quer passar. Esse é o nosso objetivo maior", externa.

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Algumas das produções dos participantes do projeto

O evento é um projeto de extensão cadastrado na Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFPI (PREXC) e conta com participação de membros do projeto Sentirgrafia das cidades de Agricolândia, Campo Maior e de Teresina. As pessoas que não realizaram sua inscrição podem participar como ouvintes, pois é um evento aberto à comunidade. A segunda parte da Mostra vai ser realizada hoje (26), no Ateliê de Pintura do curso de Artes, localizado no Centro de Ciência da Educação  (CCE), tendo como única atividade a oficina de produção criativa com o Projeto de Ilustração e Animação da UFPI (PIA).

CONFIRA O QUE ACONTECEU NO PRIMEIRO DIA DE EVENTO (25)

   Manhã - Auditório Professor João Porfírio de Lima Cordão

  • 8h – Conversando sobre o Sentirgrafia – apresentação do projeto e Relatos de experiência dos participantes
  • 10h – intervalo
  • 10h30 – Mostra / Exibição dos vídeos – Cine debate
  • 12h encerramento

     Tarde - Auditório Professor João Porfírio de Lima Cordão

  • 13h30 – Mesa redonda: Conversando sobre processos criativos de acessibilidade comunicacional
  • 15h - Mostra/ Exibição dos vídeos - Cine debate
  • 16h intervalo
  • 16h30 – Mesa redonda: Diálogos sobre Literatura, Poesia, Ilustração e Fotografia: a arte de tocar a alma
  • 18h – encerramento

PROGRAMAÇÃO DO DIA 26 — Ateliê de Pintura de Artes, no Centro de Ciência da Educação (CCE)

     — Manhã

  • 8h30 -12h Oficinas de produção criativa com o PIA (Projeto de Ilustração e Animação da UFPI Mais fotos).

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