Dança, desfiles, palestras, minicursos e fotografia. O Campus Ministro Petrônio Portella, da Universidade Federal do Piauí, abriga dos dias 23 a 25 de maio, a II Semana Acadêmica “25 de maio, Dia internacional da África”. O evento é organizado por alunos do Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e conta com o apoio da Administração Superior da UFPI. A semana objetiva aproximar os estudantes estrangeiros, residentes no Brasil, à comunidade ufpiana e de Teresina, por meio da troca de experiência, divulgação da cultura e debate sobre a data histórica, que completa 55 anos da autoafirmação dos países africanos.
A Vice-Reitora, Profa. Dra. Nadir Nogueira, destaca a importância das manifestações apresentadas no encontro. “Acho que é um momento que a Universidade oportuniza, com a presença dos africanos, maioria entre nossos alunos do PEC-G, discutirmos a importância do negro, não só para o Brasil, mas para as várias sociedades”, afirma. “A educação liberta. Eles estão hoje fazendo cursos de graduação e de pós-graduação nas universidades brasileiras e retornarão aos seus países certamente para trabalhar em busca dessa liberdade, a liberdade pela educação”, conclui.
Vice-Reitora, Profa. Dra. Nadir Nascimento
Egresso do PEC-G, formado em Ciência da Computação pela UFPI, Ísnaba Nhaga descreve os pontos principais das discussões levantadas na Semana. “A relevância desse evento é primeiramente para a comunidade africana, do PEC-G, reforçar a integração com a comunidade da UFPI e de Teresina. E em segundo lugar é importante para mostrar o quão a África é significante para o desenvolvimento do mundo, da sociedade e da civilização. Em terceiro lugar vamos revelar como a África realmente é, no seu desenvolvimento, cultura, ciência, tecnologia e na sociedade em geral”, explica.
Representante da PEC-G, Ísnaba Nhaga
A estudante de Medicina e integrante da organização do evento, Claudia Monteiro relata sua experiência com o programa de educação. “O PEC-G me proporcionou a oportunidade de realizar meu sonho, que é fazer o que eu gosto. Além do mais é um projeto que permite o intercâmbio e a socialização de povos diferentes. Tanto nós temos aprendido muito com a cultura brasileira, como tentamos, por meio de atividades, como essa semana, trazer nossa cultura para quem quiser participar”, convida.
Organizadora da Semana África, Claudia Monteiro
Eventos culturais
A Biblioteca Central da UFPI recebe ensaios fotográficos e artísticos dos alunos africanos. “Escolhemos fotos de alguns lugares da África para mostrar como ela é diversa, em termos da antiguidade e da modernidade”, conta Ísnaba Nhaga.
Às 17h desta quarta-feira (23), acontecerá o Desfile com roupas africanas, no Bloco de Moda da UFPI. “Vamos apresentar os nossos trajes, que são texturas e padrões diferentes, que não são comuns em visualizar no dia a dia, pelo menos em Teresina”, releva Claudia Monteiro. Teremos uma oficina de dança, em que as pessoas podem desfrutar de um novo ritmo, aquele que vivemos, gostamos e nos identificamos. E contaremos também com a oficina de tranças. O que demarca muito a mulher africana é uso de tranças. Várias pessoas que não usam e não sabem fazer, podem ter essa oportunidade de assimilar esse critério cultural”, completa.
Outros minicursos e palestras serão realizadas no decorrer da Semana, que culminará na cronfraternização final, Noite Africana, no Clube dos Economiários, Avenida Presidente Kennedy, dia 26, às 22h.
Estudante Benedicte Mubilanzila em apresentação musical, na abertura da Semana África