Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias - UFPI > Câncer de testículo atinge principalmente homens jovens
Início do conteúdo da página

Câncer de testículo atinge principalmente homens jovens

Imprimir
Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

O câncer de testículo ainda está entre os menos frequentes nos homens. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA),  é considerado tipo raro. Estima-se que aproximadamente três ou cinco homens para cada grupo de 100 mil desenvolvam a doença. Apesar disso, é um dos principais cânceres de órgão sólido que acometem o sexo masculino.

O Prof. do Curso de Medicina e Urologista do Hospital Universitário (HU), Helder Damásio, descreve como o câncer de testículo geralmente se manifesta: “Classicamente o câncer de testículo se apresenta com um nódulo ou massa testicular indolores. Então, o paciente, ou familiar do paciente, percebe um aumento escrotal.”. Os picos de incidência desse tipo de câncer encontram-se nos homens em idade produtiva, entre 15 e 25 anos, podendo acometer, no geral, homens de até 50 anos de idade.

 

Urologista e Prof. Helder Damásio

Dentre os fatores de risco para o câncer de testículo estão: histórico familiar e lesões e traumas na bolsa escrotal. O principal, porém, são os casos de criptorquidia, como destaca o Urologista Helder Damásio: “O fator de risco principal para tumor de testículo são aqueles pacientes em que o testículo não se localiza na bolsa, que é o que nós chamamos de testículo criptorquídico ou testículo não descido, levando o paciente a ter um risco trinta vezes maior de desenvolver o câncer.”, afirma.

Para a prevenção ou diagnóstico precoces, o autoexame é o mais recomendável e eficaz. A avaliação da região escrotal pode e deve ser feita pelo toque, diariamente. Também é importante observar se o homem apresenta desenvolvimento hormonal precoce, o que pode oferecer risco para o surgimento do câncer. Após a detecção de qualquer sinal, um especialista deve ser consultado.

Uma vez diagnosticada a doença, deve ser estabelecido o tratamento, que pode ser realizado de várias maneiras. “A complementação com tratamento cirúrgico vai depender do tipo e do estágio. A complementação é feita basicamente por quimioterapia, podendo também ser associada radioterapia para alguns casos.”, destaca o Prof. Helder.

Além de ser um dos cânceres masculinos mais raros, o câncer de testículo é altamente curável, com taxas de cura acima de 90%, mesmo em estágios mais avançados. No Piauí, o tratamento contra o câncer de testículo é oferecido gratuitamente pelo Hospital Universitário, instituição 100% pública.

 

Fim do conteúdo da página