O reitor da Universidade Federal do Piauí, professor Luiz de Sousa Santos Júnior, esteve reunido na manhã desta quinta-feira (29), com o Coordenador Geral de Hospitais Universitários do Ministério da Educação, Dr. Celso Fernando Ribeiro Araújo, e professores da área de saúde da instituição para discutir de forma conjunta o perfil do HU. "O Hospital Universitário mudou de perfil, a antiga atenção básica, primária, está proscrita. Hoje a orientação é que ele seja referência em alta complexidade. E o objetivo dessa reunião é definir como usar o corpo docente da instituição para montar essa estrutura", afirmou Dr. Celso.
Coordenador Geral dos Hospitais Universitários do MEC, Dr. Celso Fernando Ribeiro Araújo
O coordenador do MEC citou algumas áreas que poderiam receber investimentos em alta complexidade, como a atenção a saúde da mulher. "É política de Estado e existem recursos para a saúde da mulher. Pode-se, por exemplo, explorar a oncologia. A área de transplantes também seria interessante, mas nesse caso seria preciso criar espaços com alguns arranjos e readequações no hospital", disse. Ainda segundo o coordenador terão que ser destinados leitos para uma unidade de desintoxicação para dependentes químicos.
Para o diretor clínico do HU, Dr. Avelar, além da vocação de formação acadêmica (ensino, pesquisa e extensão), o hospital será resolutivo e competitivo na região. Na reunião, o professor Maurício Paes Landim apontou a carência de alta complexidade em cardiologia na saúde pública do Piauí. "Ficamos dependentes do serviço privado", comentou o professor. Outra demanda reprimida é na parte de exames de imagens. No estado existem sete aparelhos de ressonância magnética nuclear, mas são privados. O HU será o primeiro hospital da rede pública a possuir o equipamento. A ordem de compra do aparelho foi assinada na última segunda-feira (26), em Brasília.
Segundo o reitor, Luiz Júnior, a expectativa é que HU seja o primeiro do país a funcionar sob a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo modelo para todo o país. "Precisamos muito do hospital e a sociedade piauiense não pode mais esperar. Antes das obras de requalificação funcionava um serviço ambulatorial que prestava assistência aos doentes de Crohn e que hoje funciona em prédio alugado", afirmou.
O coordenador do MEC parabenizou a universidade pelas instalações do hospital. "Da minha primeira visita ao HU, em 2005, para a segunda realizada ontem fiquei surpreso com as obras de requalificação, mais adequadas ao novo perfil dos hospitais universitários", disse.
O HU conta com 10 salas para cirurgias de alta complexidade, 04 salas para pequenas cirurgias, 03 salas para cirurgias odontológicas, 19 salas para exames especializados, 12 salas para análises clínicas e patológicas, 214 leitos para internação (com capacidade para 3 ou 5 pacientes cada), além de 54 consultórios e 03 salas para discussão de casos, voltados à prestação de serviços médicos e ao ensino teórico/prático nas Ciências da Saúde.