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Professora do CAF coordena equipe estadual de estudo da Fiocruz

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

A professora doutora Keila Rejane Oliveira Gomes, docente do Curso Técnico em Enfermagem, do Colégio Agrícola de Floriano (CAF), participou do lançamento dos resultados da pesquisa "Nascer no Brasil", que ocorreu nos dias 13 e 14 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro.

"Nascer no Brasil" é um estudo multicêntrico, cujo objetivo é estimar a prevalência de partos cesarianos ocorridos em instituições públicas e privadas do sistema de saúde brasileiro, segundo o nível de complexidade da instituição e localização geográfica, além de descrever as complicações maternas e nos recém-nascidos por tipo de parto, com ênfase na prematuridade.

A pesquisa é coordenada nacionalmente pelo Departamento de Epidemiologia e Estudos Quantitativos, da Escola Nacional de Saúde Pública-ENSP, ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que reuniu todos os coordenadores regionais e estaduais na cidade do Rio de Janeiro. A professora Keila Gomes é a coordenadora do Projeto no Piauí.

No encontro, foram apresentados os esboços de artigos científicos, baseados em resultados da pesquisa, que integrarão um número especial do periódico Cadernos de Saúde Pública, em 2013. Para a imprensa e público em geral, os resultados serão lançados apenas pelo Ministro da Saúde, em data a ser marcada pelo Ministério.

 

Prof.ª Keila Gomes (a frente, segunda da direita para a esquerda) representando o Piauí entre o grupo de coordenadores regionais e estaduais do Projeto "Nascer no Brasil" 

 

O PROJETO

O projeto "Nascer no Brasil: inquérito sobre parto e nascimento" é uma pesquisa de âmbito nacional que iniciou a captação de dados em fevereiro de 2010. Para a pesquisa, foram entrevistadas cerca de 24 mil puérperas (mulheres após o parto) em estabelecimentos de saúde, públicos e privados, que realizaram 500 ou mais partos em 2007. Em cada hospital foram entrevistadas 90 mulheres, além de consultados seus prontuários e de seus recém-nascidos.

A Fiocruz formou equipes estaduais compostas por um coordenador, um supervisor e entrevistadores. Cada entrevistador recebeu um kit contendo um notebook, uma máquina fotográfica, uma pen drive e uma mochila, que ao final da pesquisa foi devolvido para a Fiocruz para que fosse disponibilizado para outros estados que ainda iniciariam a coleta de dados para a pesquisa.

Além disso, foi realizado um treinamento pela coordenação nacional, que durou cinco dias, para padronizar as ações das equipes quando estivessem em campo. Vale ressaltar que todos os membros da equipe são profissionais de nível superior, com formação na área da saúde.

A pesquisa no Piauí

Para a pesquisa "Nascer no Brasil" foram selecionados, aleatoriamente, 190 municípios do país, incluindo as 27 capitais dos estados. No Piauí, os dados foram captados em cinco hospitais; quatro em cidades do interior (São Raimundo Nonato, Picos, Campo Maior e Luzilândia) e um na capital (Teresina).

No Estado, os dados foram coletados nos meses de abril a junho de 2011. No final do mês de março, a coordenadora geral da pesquisa, Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Leal, veio ao Piauí ministrar o treinamento obrigatório, dado por técnicos da Fiocruz às entrevistadoras e supervisora de campo.

Equipe piauiense do projeto "Nascer no Brasil" coordenada pela Prof.ª Keila Gomes durante treinamento teórico ministrado pela coordenadora geral pesquisadora  Maria do Carmo Leal (blusa estampada)

A supervisora de campo, enfermeira graduada pela UFPI, Danielle Vieira, definiu a experiência como enriquecedora. "Foi a primeira vez que se fez uma pesquisa desse porte em nosso país. Outro fator inovador da pesquisa foi a possibilidade de utilizarmos equipamentos modernos que viabilizaram o envio dos dados gerados nas entrevistas, realizadas no interior do Estado, para a base de dados, no Rio de Janeiro, via internet", disse.

Alunas do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Saúde da UFPI, como Thatiana Maranhão, participaram do Projeto como entrevistadoras. A enfermeira coletou dados na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, e no Hospital Justino Luz, em Picos. "Pretendo seguir a carreira de pesquisadora. Participar de uma pesquisa tão grande, encabeçada pela Fiocruz, foi enriquecedor. Pude aprender mais sobre minha área de estudo, que é a saúde da mulher", declarou a mestranda que defende em fevereiro de 2013 a dissertação intitulada "Fatores que influenciam as relações familiares e sociais de jovens após a gestação", desenvolvida sob orientação da Prof.ª Keila Gomes.

Parceria Fiocruz e UFPI

A Fiocruz é uma fundação vinculada ao Ministério da Saúde cuja ação é pautada em promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico, ser um agente da cidadania.

A Universidade Federal do Piauí participa do projeto "Nascer no Brasil", por meio do trabalho da Prof.ª Keila Gomes, que destaca que "A UFPI está sendo particularmente beneficiada por participar desta pesquisa pela oportunidade de alunos do Mestrado em Ciências e Saúde poderem utilizar o banco de dados para suas dissertações, como é o caso de duas alunas que iniciaram o mestrado em Ciências e Saúde em 2012".

A Prof.ª Keila Gomes ainda explica que nos próximos dois anos, após o lançamento dos resultados, apenas os pesquisadores da Fiocruz e os coordenadores regionais e estaduais (professores doutores de universidades públicas nacionais) poderão utilizar o banco de dados. Após este período, planeja-se a possibilidade do acesso a qualquer pesquisador.

A parceria entre as instituições está sendo ampliada para além do projeto, pois a professora Keila Gomes foi convidada para participar da comissão organizadora do evento Normal Labour and Birth 9th Research Conference Brazil, promovido pelo Departamento de Epidemiologia e Estudos Quantitativos da ENSP/Fiocruz, cujo objetivo é disseminar a pesquisa sobre questões voltadas à normalidade do parto e nascimento, a ser realizado no Rio de Janeiro, em outubro de 2014.

Entrevista

Em sua passagem pelo Piauí, a coordenadora geral do projeto "Nascer no Brasil", Prof.ª Maria do Carmo Leal, concedeu entrevista à emissora local de televisão e falou sobre a pesquisa.

Assista aqui à entrevista.

 

 

 

 

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