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Proposta de currículo integrado do curso de medicina do CMRV é objeto de dissertação na UFPI

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

érika

Profissionais mais humanistas e críticos, com uma formação médica mais geral, capazes de atuarem nos diferentes níveis de atenção à saúde com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, dignidade humana e saúde integral da população. Esses são os propósitos instituídos pelas novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de Medicina, aprovadas em 2014 pelo Ministério da Educação (MEC).

No mesmo ano de 2014, foi criado o curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Ministro Reis Velloso, em Parnaíba. A graduação já foi concebida contemplando as novas DCNs.

Dentre as orientações das novas DCNs está a que diz que a formação médica deve promover a integração e interdisciplinaridade aprendendo e atuando em equipes multiprofissionais. O curso do CMRV traz no seu Projeto Pedagógico a proposta de um currículo integrado e foi esse o aspecto pesquisado pela mestra em Ciências e Saúde pela UFPI, Erika Galvão Figuerêdo, na dissertação “Integração do currículo modular do Curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Velloso”, defendida no início de abril e orientada pelo Prof. Dr. José Ivo dos Santos Pedrosa. Erika Galvão fez graduação em Educação Física na UFPI e é docente do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI).

“Avaliamos o processo de integração do currículo modular do curso e observamos como os professores estavam se articulando em torno da proposta, as metodologias de ensino que estavam utilizando e ainda a maneira como avaliavam os alunos para obterem esse currículo integrado”, explicou Erika Galvão.

A pesquisadora utilizou como metodologia os Círculos de Cultura de Paulo Freire, o que permitiu não só a coleta de dados, mas também a ressignificação das práticas dos professores. “Percebemos que, através dos Círculos de Cultura, eles puderam problematizar um pouco mais essa integração, identificar seus erros e potencialidades em busca de resultados mais significativos. Então, identificamos um processo de integração ainda em construção, como esperávamos. No entanto, encontramos um grupo de professores engajados na proposta de promover um curso de Medicina diferente, integrando o currículo e utilizando metodologias ativas e participativas, que é a proposta do Projeto Pedagógico do curso”, destacou. 

Segundo a pesquisadora, a proposta de módulo exige mais articulação dos professores, já que as disciplinas deixam de ser vistas de forma isolada e passam a ser entendidas como partes conectadas. “Nesse formato, os professores precisam planejar mais em conjunto, as atividades precisam ser mais acordadas entre eles para evitar não só a repetição de conteúdos e temas, mas, no sentido de fazer com que o aluno tenha uma visão mais integral do processo saúde-doença. O grande significado desse ensino modular é fazer com o que aluno aprenda também de forma integrada e não de uma maneira fragmentada.”

Para Érika Galvão, os resultados foram animadores, não só por conseguir alcançar os dados como pesquisadora, mas, também, por perceber que serão formados novos profissionais da área de medicina. “Perceber que está sendo construída uma nova proposta de formação de um profissional médico, representa para todos nós que vamos usufruir dos serviços de saúde, um aspecto bastante motivador. Esse processo de modificação no currículo vai ter um impacto positivo na saúde da população” comemorou.    

Publicação    

A construção teórica desenvolvida desde 2015 e que foi utilizada como base para a dissertação foi publicada em forma de capítulo no livro “Ensino na saúde: narrativas, experiências e invenções de caminho”, organizado pelos pesquisadores José Ivo dos Santos Pedrosa, Elaine Monteiro da Costa, Maria Luci Esteves Santiago e Patrícia Ferreira de Sousa Viana, lançado pela editora Nova Aliança. O capítulo foi intitulado “Currículo integrado e utilização de metodologias ativas na formação médica”, escrito em parceria com José Ivo dos Santos Pedrosa e Breno de Oliveira Ferreira.  

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