Departamento de Morfologia realiza homenagem ao cadáver desconhecido
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Aconteceu na manhã desta quinta-feira (15), a celebração ao Cadáver Desconhecido. Realizada no no Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no setor de Anatomia Humana da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a cerimônia tem o intuito de agradecer ao corpo biológico por sua contribuição para o conhecimento e contempla homenagens feitas por meio de apresentações dos estudantes, recitação de poemas, textos, apresentações musicais, além da celebração de uma missa.
O evento contou com a participação do Pró-Reitor de Pós-Graduação, Prof. Dr. Hélder Nunes da Cunha; da Chefe do Departamento de Morfologia, Profa. Dra. Carla Maria de Carvalho Leite; da organizadora do evento, Profa. Dra. Selma Maria Moura; do Coordenador de Anatomia, Prof. Dr. Anselmo Alves Lustosa; da Coordenadora de Histologia, Profa. Dra. Eunice Anita de Moura; e do Padre Fábio Carvalho.
Mesa de honra de celebração ao cadáver desconhecido
Segundo a Chefe do Departamento de Morfologia, Profa. Dra. Carla Maria de Carvalho Leite, as homenagens ao cadáver desconhecido representam o devido respeito da sua contribuição para a evolução da área da saúde. "Já é prática anterior essa questão de trabalhar com o cadáver para a ciência, porém não é uma prática tão antiga fazer uma celebração, pois ainda causa estranheza para quem não é da área de saúde. Por meio dessa celebração, buscamos humanizar e ao mesmo tempo celebrar, agradecer aquele corpo, porque por mais que não saibamos da sua história, devemos homenageá-lo", declara.
Profa. Dra. Carla Maria de Carvalho Leite explica a importância da realização da cerimônia
Para o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Prof. Dr. Hélder Nunes da Cunha, a homenagem vai além da humanização. "Essa atividade é uma justa homenagem, porque a ciência precisa desse material para estudar e para salvar vidas. Então, essas pessoas que cresceram e morreram, mas não tiveram a identificação por algum motivo, são doadas para as instituições de pesquisa, para servirem de estudo. A UFPI tem que continuar fazendo essas homenagens porque é por meio delas que ocorre o reconhecimento desses cadáveres para a ciência no Brasil", relata.
Prof. Dr. Hélder Nunes da Cunha enfatiza que homenagem busca humanizar
Segundo o estudante do 1º período do curso de educação-física, João Pedro Araújo, o momento serve para haver uma reflexão mais ampla sobre a profissão e que a sensibilidade ao outro não deve ser esquecida. "Acho muito importante porque são pessoas que morrem e ficam esquecidas, e nós estudantes da área da saúde, temos que olhar pra eles com um olhar humano, pois é através deles que colocamos em prática os nossos estudos para nos tornarmos profissionais do mercado", ressalta.
De acordo com a Lei n° 8.501, de 30 de novembro de 1992, estes cadáveres podem ser utilizados para o ensino e para a pesquisa. O processo para obter o corpo é por meio de um procedimento formal de doação, por documentação, entre a Universidade e o Instituto Médico Legal (IML). É necessário que o cadáver seja indigente. Ao chegar à UFPI fica seis meses sem ser analisado, para só então começarem os estudos.
No encerramento foi realizada uma missa, celebrada pelo padre Fábio Carvalho, como símbolo do velamento e agradecimento ao corpo.
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