Departamento de Enfermagem realiza atividade no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

No dia 26 de abril é comemorado o "Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial". Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a hipertensão acomete mais de uma em cada cinco pessoas adultas no mundo e suas complicações representam 9,4 milhões de mortes a cada ano.

A doença se caracteriza pelos níveis elevados e sustentados de pressão arterial acima de 140x90mmHg, além disso, promove alterações em órgãos-alvo (coração, rins e vasos sanguíneos) e eleva os riscos de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. 

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) infere que a hipertensão atinge em média de 30% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade. Portanto, o enfrentamento a essa realidade é um desafio, visto que de acordo com a SBC, a falta de detecção, tratamento e controle da hipertensão arterial se configura problema constante, pois mais de 40% dos hipertensos não estão em tratamento e dois terços não apresentam níveis pressóricos controlados.

Diante desse quadro, a OMS e a SBC promovem ações de prevenção e controle da hipertensão e recomendam a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a prática regular de exercício físico, o manejo adequado de situações de estresse, o abandono do cigarro, a redução do consumo de álcool e o rastreamento anual dos níveis pressóricos. 

Prof. Dra. Márcia Astrês e as estudantes Francisca Fabiana Fernandes Lima e Nadyelle Elias Santos Alencar

Nesse sentido, foram organizadas ações foram voltadas para o público do Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu pela Profa. Dra. Márcia Astrês Fernandes, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI), juntamente com as estudantes Francisca Fabiana Fernandes Lima e Nadyelle Elias Santos Alencar.

A atividade envolve a participação dos alunos da disciplina Enfermagem em Saúde Mental, da qual a docente é coordenadora e consiste em aferição da pressão arterial dos pacientes e familiares, além dos  servidores, sendo também realizadas orientações e ações educativas.

O atendimento foi realizado no Hospital Areolino de Abreu

Para a estudante Fabiana Lima, esforços devem ser empregados no combate e controle da hipertensão, promovendo incentivos desde a atenção básica de saúde até o âmbito hospitalar. "Os pacientes com transtornos mentais precisam ser assistidos de forma holística, abrangendo todas as necessidades físicas e mentais. Com isso esta ação em saúde na prevenção da hipertensão agrega condições para a conscientização sobre a temática e a assistência de qualidade humanizada", afirma.

A estudante Nadyelle Elias acrescenta que o rastreamento e o diagnóstico precoce da hipertensão arterial é uma das prioridades no combate aos níveis pressóricos elevados . "No contexto da atenção psiquiátrica, esta iniciativa visa contrapor a fragmentação do cuidado oferecido aos doentes mentais, sem restringir a atenção apenas ao seu distúrbio psíquico", comenta a estudante.

Estudantes realizam o atendimento como prática da disciplina

Segundo a Profa. Márcia Astrês, a motivação para desenvolver a ação surgiu a partir da pesquisa-ação intitulada “Planejamento Estratégico Situacional: aplicabilidade no serviço de enfermagem de uma instituição psiquiátrica”, que está sendo desenvolvida  naquela instituição pelas alunas, sob sua orientação acadêmica. "Por meio desta vivência as discentes puderam vivenciar a realidade do cuidado oferecido aos pacientes e perceberam que muitos apresentavam problemas relacionados  à pressão arterial, mas grande parte deles não haviam sido diagnosticados nem estavam sendo tratados, o que  despertou o interesse  em  realizar neste dia atividades com o objetivo de detectar e estimular melhor a articulação da saúde mental à saúde integral dos usuários daquele serviço", argumenta.

A docente finaliza revelando que toda atitude deve ser feita pautada em análise prévia de uma dada realidade e o planejamento estratégico situacional é uma ferramenta gerencial importante que analisa detalhadamente os problemas institucionais para então, propor mudanças . “É preciso despertar nos discentes um olhar atencioso para que  incorporem, além dos  conhecimentos assistenciais, os  gerenciais, a fim de que se tornem mais participativos e estimulados a usar o poder de governabilidade da  enfermagem com vistas a solucionar problemas relativos à sua esfera de atuação", finaliza.

Confira o folder informativo.