MEC autoriza expansão de vagas para o curso de Medicina da UFPI

Dando continuidade a política de expansão de cursos e vagas no ensino superior, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação do curso de medicina para o Campus de Parnaíba da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a ampliação do número de vagas para o curso no campus de Teresina. No processo seletivo de ingresso em 2012, a UFPI disponibilizou 80 vagas para o curso de Medicina que, atualmente, é oferecido apenas na capital. Com a autorização do MEC, a expectativa é que a universidade disponibilize 200 vagas para as próximas seleções de ingresso.

Reitor Luiz Júnior anuncia a autorização da criação do curso de medicina no campus de Parnaíba para jornalistas

Segundo o Reitor, professor Luiz de Sousa Santos Júnior, essa autorização é resultado do esforço de uma equipe da universidade, formada pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PREG), diretoria do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e coordenação do Curso de Medicina, que elaborou a proposta de ampliação do número de vagas para o curso. "Na nossa gestão ampliamos em 100% o número de vagas para Medicina. Em 2006, saimos de uma oferta de 60 vagas anuais para 80. E em 2012, o MEC autorizou a oferta de mais 40, perfazendo um total de 120 vagas para o curso de Medicina no campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina", afirmou o Reitor.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) da UFPI aprovou em 2011 o projeto de criação de novos cursos de Medicina para os campi de Parnaíba e Picos. A proposta de interiorização foi elaborada a partir dos indicadores de profissionais médicos no Estado - 09 médicos para 1000 habitantes. Índice muito baixo e com concentração muito forte em Teresina, apontou o Reitor Luiz Júnior. "Levamos em consideração ainda, a experiência de sucesso da expansão de nossa universidade para o interior - Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus - onde até 2006 não tínhamos nenhum professor doutor, e hoje, temos cerca de 150. São professores morando nessas regiões que ministram aulas na graduação, na pós-graduação e fazem pesquisa de qualidade. Por isso, chegamos a conclusão de que podemos levar também, para o interior do Estado, curso de Medicina com qualidade, marca de nossa gestão", elencou o Reitor.

A previsão é que em Teresina as novas vagas sejam disponibilizadas no processo seletivo de 2013. Para o campus de Parnaíba, ainda não há previsão de abertura do curso de Medicina. O Reitor afirmou que sua equipe vai trabalhar em conjunto com o Governo do Estado e a Prefeitura de Parnaíba para agilizar a abertura do curso. "No campus, já temos uma estrutura inicial montada devido aos cursos de Psicologia, Biomedicina e Fisioterapia criados em 2007. O que precisamos é ampliar essa estrutura, com a contratação de professores, construção de prédios e compra de equipamentos, para atender as necessidades do novo curso. A partir da próxima semana vamos fazer um levantamento do que é preciso para criar o curso em Parnaíba, além da ampliação das vagas em Teresina, e levar as reivindicações para o MEC", explicou Luiz Júnior.

Paralela a preocupação de ampliação de cursos e vagas na UFPI, Luiz Júnior comentou os esforços para a conclusão do Hospital Universitário (HU). "Nesta segunda-feira, uma equipe de profissionais da universidade, formada por dois médicos e uma enfermeira, viaja à Brasília para se reunir com os representantes da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) - empresa pública responsável pela administração do HU - , para trabalhar a abertura do hospital. A meta é preparar o edital para o concurso público para a contratação de funcionários", adiantou o Reitor. O concurso público para o HU prevê a contratação de 1.270 profissionais de diversas áreas.

Quando inaugurado, o Hospital Universitário além de oferecer serviços de saúde de qualidade à sociedade piauiense, será importante polo na formação de recursos humanos e na promoção do ensino e pesquisa no Piauí. 

O HU conta com 10 salas para cirurgias de alta complexidade, 04 salas para pequenas cirurgias, 03 salas para cirurgias odontológicas, 19 salas para exames especializados, 12 salas para análises clínicas e patológicas, 214 leitos para internação (com capacidade para 3 ou 5 pacientes cada), além de 54 consultórios e 03 salas para discussão de casos, voltados à prestação de serviços médicos e ao ensino teórico/prático nas Ciências da Saúde.

Oportunidade

Outro ponto destacado pelo Reitor é a política de cotas sociais da universidade. "Agora nossa instituição vai oferecer 200 vagas para Medicina, destas, 20% reservadas para alunos oriundos de escolas públicas. Com o nosso projeto de cotas aprovado pelo CEPEX, 20% das vagas de qualquer curso de graduação é destinado a alunos que estudaram o ensino fundamental e médio integralmente em escolas públicas. Estamos formando alunos oriundos de escolas públicas no curso de Medicina que é um dos melhores do Brasil", comemorou.