Alunos do Curso de Medicina da UFPI/CSHNB realizam visita à Penitenciária Feminina Adalberto de Moura Santos, em Picos

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Alunos do sexto período do Curso de Medicina UFPI/CSHNB acompanhados da professora Patrícia Fernández García e de profissionais da Penitênciária.

Segundo o World Famale Imprisionment List, levantamento global sobre mulheres presas realizado pelo ICPR (sigla em inglês para Instituto de Pesquisa em Políticas Criminal e de Justiça), o Brasil é o país com a terceira maior população feminina encarcerada do mundo. Ficando atrás dos Estados Unidos, em primeiro lugar, e China em segundo lugar. Esta situação impacta diretamente na sociedade já que, na maioria das situações, são as mulheres a principal fonte de sustento das famílias. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade (PNAISP) tem o objetivo de garantir o acesso às ações de saúde. Por meio de equipes de Atenção Primária à Saúde para atendimento ao público-alvo.

No intuito de conhecer um pouco sobre a realidade das mulheres privadas de liberdade, na quinta-feira (25/07/2024), os alunos do sexto período do Curso de Medicina UFPI/CSHNB, realizaram visita à Penitenciária Feminina Adalberto de Moura Santos, localizada no município de Picos-PI. Acompanhados da professora Patrícia Fernández García (Médica de Família e Comunidade). Na ocasião os discentes realizaram triagem de doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e mentais na população carcerária. No decorrer da visita foram realizadas ações de educação em saúde, junto às internas, abordando temas como depressão e ansiedade por meio de palestra. 

O principal objetivo da visita foi demonstrar aos alunos o funcionamento da Atenção Primária à Saúde em cenários específicos, onde a população tem maior vulnerabilidade. Reconhecendo a influência dos determinantes sociais no processo de adoecimento. O Princípio da Equidade, do Sistema Único de Saúde (SUS), organiza as políticas de saúde pública brasileira, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem menos cuidado requer. Aceitando as diferenças entre as condições de vida das diferentes populações.

Destaca-se que essa atividade contribui para a formação de médicos (as) que estarão preparados (as) para atender à população carcerária feminina em relação às necessidades básicas de cuidado com a saúde da mulher e a qualidade de vida daquelas que estão privadas de liberdade. Essa atividade acadêmica foi desenvolvida a partir dos diálogos construídos no componente curricular Atenção Primária a Saúde – APS VI, 6º período do Curso de Medicina sobre os diferentes aspectos de saúde da mulher nos seus variados ciclos de vida.