O Serviço de Apoio Psicológico (SAPSI) do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB), realizou no dia 10 de outubro, a Oficina: Primeiros Socorros Emocionais.
Desde o mês de maio, com o retorno das atividades do Serviço de Apoio Psicológico, componente do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE) de Picos/PI, ações de saúde mental vêm sendo desenvolvidas no Campus, contemplando as dimensões: individual, com oferta de atendimentos individuais; e coletiva, com a realização de rodas de conversa, oficinas, participação em encontros formativos e eventos acadêmicos no CSHNB. As ações têm sido direcionadas à comunidade acadêmica, especialmente aos estudantes.
Conforme a Psicóloga, Valéria Pereira, o SAPSI também tem dialogado com o seguimento docente e com coordenadores de curso, oportunizando meios para a promoção de um ambiente universitário profícuo ao bom desenvolvimento de todos os processos, partindo do entendimento de que o bem-estar subjetivo e a saúde mental são aspectos basilares para se chegar a este fim.
Psicólogos Paulo Cesar Luz e Valéria Pereira.
Atentos à realidade acadêmica e seus múltiplos processos, a Assistência Estudantil do Campus percebeu a importância de se abordar sobre as situações de sofrimento psíquico agudas, tendo em vista as ocorrências deste caráter que se manifestam nesse cenário acadêmica, cada dia mais comum. No contraponto, há uma timidez de estratégias empreendidas ou, então, a proposição de intervenções que naquele momento podem não ser tão adequadas no manejo da situação, até porque sempre se revela como algo desafiador e complexo.
Pensando nisso, surgiu a proposição de se abordar sobre os Primeiros Socorros Emocionais. A oficina desenvolvida pelos psicólogos Paulo Cesar Luz e Valéria Pereira visou contribuir para que os presentes, Estudantes, Professores e Servidores, na iminência de uma situação de sofrimento psicológico e/ou emocional, consigo ou com outra pessoa que necessite de ajuda, munir de estratégias possíveis para agir e ser suporte naquele momento. Assim sendo, foram apresentadas algumas informações sobre saúde mental, as estratégias para promover a saúde mental, além da discussão e manejo práticos sobre os Primeiros Socorros Emocionais, com orientações sobre as formas de oferecer a assistência humana e ajuda prática para apoiar os indivíduos que estão vivenciando situações de extrema angustia, orientando sobre formas de acolhimento e de manejo adequado diante de situações agudas, comuns em nosso ambiente acadêmico.
Além disso, foi informado sobre os serviços que compõe a Rede de Atenção Psicossocial (Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Hospital Regional Justino Luz, Serviço Escola de Psicologia, SAPSI) e outras estratégias como o Minuto pela Vida (0800 280 2882), CVV 188 (Centro de Valorização da Vida), Mapa da Saúde Mental (https://mapasaudemental.com.br/), Pode Falar (https://www.podefalar.org.br/), que são serviços, estratégias e/ou canais que ofertam uma atenção/suporte/acolhimento em saúde mental por meio remoto ou lista serviços que o indivíduo em sofrimento pode recorrer na iminência de uma situação angustiante.
Reitera-se que, embora a chamada para o público-alvo da iniciativa ter sido os representantes estudantis e servidores (técnicos e docentes), houve uma grande procura pela comunidade estudantil em geral e está cogitado a continuidade na oferta de outras oficinas sobre os Primeiros Socorros Emocionais.
O psicólogo Paulo Cesar Luz comentou sobre o momento e disse: “considero a realização da oficina como produtiva e importante, até mesmo porque participaram um público diverso, com estudantes de vários cursos e, também a participação de uma professora e uma servidora do Campus. Além disso, destaco a interação e as trocas com os participantes, onde eu percebi que os mesmos estavam à vontade para expor situações cotidianas e, assim, dirimir as dúvidas. Falar sobre saúde mental, sobretudo relacionado às manifestações que a perturba é sempre importante, porque na nossa prática percebemos a dificuldades das pessoas em lidar/manejar as manifestações de sofrimento psíquico, que podem estar associadas até a um desconhecimento, mas sobretudo à preconceitos e estigmas reinantes ainda em nossa sociedade, como também, dificuldade em empreender estratégias que a promovam no nosso dia-a-dia”.
A psicóloga Valéria destaca que: “a realização dessa oficina foi pensada de acordo com as demandas que já recebemos no NAE, ficamos muito felizes com a participação e o número de inscritos, foi um momento de grandes trocas, onde pude perceber o interesse sobre a saúde mental e os cuidados para lidar com as situações diárias tanto de alunos como professores e demais servidores do Campus”.