HU-UFPI realiza mais de 100 atendimentos de cabeça e pescoço

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A Unidade de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveu nesta sexta-feira (27), atividades de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço, bem como fez atendimentos especializados (consultas) às pessoas que procuraram o Hospital com sintomas da doença.

A programação ocorreu no Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço e dentro do Julho Verde – Campanha Nacional de Conscientização para Prevenção sobre os Tumores de Cabeça e Pescoço, que aconteceu em todo o país sob a coordenação da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e da Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil). Em 2018, o tema escolhido para a Campanha foi “Quem ama inclui”, por causa das sequelas psicológicas e funcionais que prejudicam a qualidade de vida do paciente e sua reinserção na sociedade.

No HU-UFPI, foram realizadas 108 atendimentos - sendo 73 consultas de cabeça e pescoço e 35 de buco-maxilo - e, nos casos necessários, requisitados exames, em programação especial, um mutirão no qual não houve necessidade de marcação previa para consultas, o critério foi ordem de chegada, tendo havido divulgação na mídia sobre programação e sobre sinais e/ou sintomas que justificavam a procura por parte da população. Foram confirmados dois casos. “Um evento de impacto que visa proporcionar o acesso da população a ações de prevenção e diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço, promovendo assim saúde e também educação, aos usuários do SUS”, avalia a Enfermeira Sandra de Souza, lotada na Unidade e também da Comissão Organizadora.

O evento contou com a presença de mais de 30 profissionais, entre médicos-cirurgiões de Cabeça e Pescoço do HU-UFPI e de voluntários da especialidade que atuam em outras instituições – como também de cirurgiões-dentistas buco-maxilo do HU-UFPI, de médicos residentes da UFPI, de graduandos de Medicina também da UFPI, de enfermeiras lotadas na Unidade ou não, de auxiliares, secretarias e recepcionistas, e do apoio logístico da Divisão de Enfermagem e do Setor de Regulação e Avaliação em Saúde que, juntamente com a Central de Regulação da Fundação Municipal de Saúde (FMS), disponibilizou as vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) necessárias aos atendimentos. Houve ainda atividades educativas. “Passei pela consulta da médica e está tudo bem. Agora vou para o dentista”, comentou Dona Luzinete de Souza, de Gurupi, entre um atendimento e outro.

A doença tem como principais fatores de risco, o fumo, o consumo de álcool, as infecções por HPV e o excesso de exposição solar; e pode atingir a boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago cervical, tireoide e seios paranasais. “O câncer da Cabeça e Pescoço é uma doença que depende muito dos hábitos e fatores ambientais, portanto as mudanças de hábitos salvam vidas, lembra a Médica Katia Marabuco, Cirurgiã-oncológica do HU-UFPI, Professora do Departamento de Cirurgia Geral da UFPI e membro da Comissão Organizadora do Julho Verde no Hospital. 

Os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no princípio da doença. O diagnóstico das lesões iniciais é fundamental para garantir que os índices de cura se aproximem de 100%. Com o seu desenvolvimento, alguns sinais e sintomas podem aparecer, como manchas brancas na boca, dor local, lesões com sangramento ou cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudança na voz e rouquidão, e dificuldade para engolir.

Além das terapias tradicionais, nos últimos anos algumas drogas promissoras têm conseguido melhorar o prognóstico dos pacientes, com uma ação mais eficiente e menos agressiva ao organismo, como as imunoterapias e terapias-alvo.

O Brasil registra a cada ano cerca de 40 mil novos casos desses tumores malignos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, o que corresponde a 4% de todos os tipos da doença. O câncer de boca, por exemplo, chega a ser o 3º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões do país, ocorrendo sete vezes mais em homens do que em mulheres. 

Sobre a Ebserh                 

Desde abril de 2013, o HU-UFPI é filiado à Ebserh, estatal vinculada ao Ministério da Educação que atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.​