Programa de Pós Graduação em Biotecnologia. Projeto de pós-doutorado intitulado “Interface Cérebro-Coisa.

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O projeto de pós-doutorado intitulado “Interface Cérebro-Coisa: Desenvolvimento de Aplicações para a Comunicação entre o Cérebro e Objetos Inteligentes” é desenvolvido pelo Dr. Ariel Soares Teles sob a supervisão do professor Dr. Silmar Silva Teixeira no Laboratório de Mapeamento e Plasticidade Cerebral da Universidade Federal do Piauí – Campus Ministro Reis Velloso.

A Internet das Coisas (IoT) propõe a expansão da atual estrutura da Internet para uma rede de objetos inteligentes interligados que não apenas colhem informações do ambiente mas que também interagem com o mundo físico utilizando padrões de Internet existentes para prestar serviços de transferência de informação, análises, aplicações e comunicações. Um objeto inteligente é um objeto físico do mundo real que possui recursos computacionais para realizar sensoriamento e atuação. Por outro lado, o conceito de Interface Cérebro Máquina /Computador (BCI) é um sistema de comunicação do cérebro sem depender dos caminhos de saída normais (ou naturais), tais como nervos periféricos e músculos. Um sistema BCI permite um ser humano interagir com o meio que o cerca através de sinais gerados pelo cérebro (ou seja, atividade cerebral).

A partir da exploração dos conceitos de IoT e de sistemas de BCI, esse projeto de pesquisa objetiva realizar o desenvolvimento de inovações tecnológicas para a Interface Cérebro-Coisa. A ideia principal é possibilitar a comunicação do cérebro com objetos inteligentes com a utilização da Eletroencefalografia e dispositivos móveis. Isso permitirá que atuações e sensoreamentos possam ser realizadas em objetos inteligentes através de comandos emitidos pelo cérebro humano, objetivando especificamente: (i) possibilitar a comunicação entre duas ou mais pessoas através de chat online, em que pelo menos uma delas estará enviando mensagens via BCI, e (ii) realizar ações (ou atuações) em objetos inteligentes e também obter informações deles (sensoreamento).

Dessa forma, esse projeto de pesquisa busca realizar contribuições científicas e tecnológicas, mas principalmente sociais, desenvolvendo soluções que favoreçam uma melhor qualidade de vida e independencia, bem como reduzir os cursos com cuidado intensivo, para pessoas com necessidades especiais, tais como cadeirantes, deficientes visuais, surdo-mudos, portadores de doenças severas como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ou que tenham sofrido de acidente vascular cerebral.