PARFOR Indica: livro “Armas, Flores e Amores – A luta que se faz poesia e a poesia que se faz luta”

O “PARFOR Indica” é um projeto de incentivo à leitura do PARFOR/UFPI e inclui a indicação de obras literárias (livro, revista, reportagem, resenha e outras produções acadêmicas), de diversos gêneros, como romance, conto, poesia, drama, além de produções didáticas, configurando um espaço para compartilhar a sua opinião sobre obras que você leu e gostou muito, de modo a instigar a leitura dessas produções por outros leitores.

Hoje, trazemos a indicação do Prof. Adilson de Apiaim, educador de escola de campo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Piauí (MST/PI), poeta e escritor. Trata-se do livro “Armas, Flores e Amores – A luta que se faz poesia e a poesia que se faz luta”, escrito por ele e por Elemar Luciano Pereira Bilha. Confira o livro aqui. 

SINOPSE:

Segundo os autores, esta obra representa os maiores sentimentos e tem uma história intensa de amor e rebeldia, pois tudo o que está escrito foi construído em momentos de alegrias e tristezas, ganhos e perdas, risos e prantos, certezas e incertezas, encontros e desencontros, paixões e solidão, chegadas e partidas, medo e coragem, confianças e desconfianças, vitórias e derrotas, posto nas contradições da essência que forma o ser humano. Isto é, ser sensível é conseguir ir além daquilo que os olhos enxergam ouvir além daquilo que os ouvidos ouvem, ou seja, sentir é ir além daquilo que toca a sensibilidade do ser humano e ver o mundo com seus próprios olhos.

Os nossos maiores sentimentos aqui representados são: a força e a coragem, a rebeldia e a ousadia de cantar a liberdade dos vencidos. A sociedade tenta de todas as formas robotizar os homens e padronizá-los em seus modelos elitizados. É com força, coragem e rebeldia que rejeitamos este jugo da arte virar mercadoria. Aprender a amar quando não mais existir motivo para amar, a cantar quando não mais existe motivo para cantar, a sorrir quando não mais existem motivos para sorrir, a viver quando não existem mais motivos para viver, porque a força que gera a vida está também presente quando ceifam vidas.

O poeta é este ser que sente três vezes as ações poetizadas: sente quando participa dos conflitos sociais, sente indignação quando escreve em poemas e também sente uma profunda alegria quando apresenta seu trabalho aos demais trabalhadores, ou seja, socializa o que a humanidade possibilita aprender com o mundo.

Reconhecemos que deste trabalho somos apenas coautores, já que ele pertence a um coletivo de trabalhadores - um grupo produziu o papel, outro a caneta, mesmo vendendo sua força de trabalho e outros que conosco caminharam juntos com passos lentos na mesma estrada que trilhávamos a luta por uma sociedade justa e necessária, bem como na luta cotidiana de construção da vida com dignidade no campo, sem distinção de cor, religião ou status social.