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Cursistas de História, do Polo do PARFOR/UFPI de Miguel Alves, participam de visita técnica à cidade de Amarante e ao Quilombo Mimbó
Cursistas de História durante visita
No dia 20 de julho, a turma de História, do Polo do PARFOR/UFPI de Miguel Alves, realizou uma visita técnica à cidade de Amarante e ao Quilombo Mimbó. A atividade fez parte do planejamento da disciplina de Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil, ministrada pelo Prof. Agostinho Coe.
Cursista durante visita ao Museu
A visita começou na Casa das Origens que faz alusão às populações indígenas Acoroás e Guégués, aos moradores do Quilombo Mimbó e às famílias portuguesas residentes na cidade desde o século XIX. Em seguida, foi visitado o Museu da Música e o Museu da Dança, onde os cursistas tiveram a oportunidade de conhecer as tradicionais danças do Cavalo Piancó, Dança Portuguesa e Pagode do Mimbó.
Idelzuita Rabelo da Paixão, primeira professora do Mimbó
Já no “Museu do Divino”, eles conheceram um acervo de mais de 50 oratórios e que conta a história da tradicional “Festa do Divino”, em Amarante. A visita foi finalizada na farmácia mais antiga do Piauí, criada no ano de 1885. O prédio histórico ainda preserva o ambiente original com armários, balcão, frascos, registros de fórmulas e anotações do médico e farmacêutico Eleazar Pereira da Cunha.
Botica do farmacêutico piauiense Eleazar Pereira da Cunha
Segundo o Prof. Agostinho Coe, a atividade buscou aprofundar a compreensão dos cursistas sobre o compromisso coletivo de conhecer os patrimônios históricos e culturais do Piauí, para que aprendamos a valorizar e a preservar as nossas identidades. “Todas as histórias contadas durante a visita técnica foram momentos significativos para debatermos sobre a lógica do progresso que, em regra, busca destruir nossas histórias e patrimônios sob a égide de um ideal de modernidade”, explica.
Cursistas e professor da disciplina durante visita
Para Maria Selma da Silva, cursista de História, a visita foi uma experiência incrível. “Todos os momentos foram especiais, mas estar no Quilombo Mimbó foi conhecer além do que os livros de história contam. Pudemos imaginar e perceber o quanto aquelas pessoas lutavam para sobreviver. Ouvir os relatos de Dona Idelzuita, filha de uma escravizada, que vem fazendo o possível para que suas identidades não se percam ao passar dos tempos, foi uma experiência única”, avalia.
Maria Selma da Silva durante atvidade de campo
A Profa. Glória Ferro, Coordenadora Institucional do PARFOR/UFPI, ressalta que atividades dessa natureza são fundamentais para que os cursistas vejam na prática conteúdos abordados em sala de aula. “O processo formativo do cursista é cuidadosamente planejado de modo que haja essa unidade entre teoria e prática, dimensões que devem ser articuladas no processo de aprender e ensinar”.