Projeto de incentivo à leitura "PARFOR Indica": curso de Letras-Libras

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O “PARFOR INDICA” é um projeto de incentivo à leitura do PARFOR/UFPI e inclui a indicação de obras literárias (livro, revista, reportagem, resenha e outras produções acadêmicas), de diversos gêneros, como romance, conto, poesia, drama, além de produções didáticas, configurando um espaço para compartilhar a sua opinião sobre obras que você leu e gostou muito, de modo a instigar a leitura dessas produções por outros leitores.

E hoje, nós trazemos indicações de leitura das cursistas de Letras-Libras: Francisca Maria, Hosana Tavares, Natália Regina Oliveira e Helenice Araújo, dos Polos de Batalha, Miguel Alves, Piripiri e Teresina. Confira e boa leitura!

Polo de Batalha

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A indicação da cursista Francisca Maria é o artigo intitulado "Educação freireana em comunidades quilombolas e implementação do ensino de História na comunidade Manga/Iús no município de Batalha, Piauí", escrito por Elvis Gomes Marques Filho, Luiz Gustavo da Rocha Moraes, Ingred Dayane Carvalho Macêdo e Francisca Maria Sousa Melo, divulgado na Revista Educação Popular, da Universidade Federal de Uberlândia, Edição Especial, p. 471-490, set. 2021.

Segundo os autores, o processo colonizador brasileiro perpetuou uma cultura eurocêntrica, marginalizando grupos não brancos. Esse apagamento resultou no não reconhecimento de indivíduos negros e indígenas como partícipes da sociedade. Por esse motivo, em conquista dos movimentos negros, reconheceu-se a importância da educação quilombola nas escolas públicas e privadas brasileiras, a fim de perpetuar a história e cultura afro-brasileira e indígena. Todavia, esse ensino ainda é precário, haja vista o racismo estrutural brasileiro. Esse texto busca mostrar a eficácia da aplicação da Lei nº 10.639/2003 em uma escola presente na comunidade quilombola remanescente Manga-Iús, localizada no município de Batalha, Piauí. Para a pesquisa foi realizada uma pesquisa bibliográfica e de campo, de caráter qualitativo, fundamentada nas ideias de Paulo Freire, levando em consideração seus pensamentos, e entrevistas do presidente da comunidade e do professor de história da escola pesquisada. Disponível aqui.

Polo de Miguel Alves

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A indicação da cursista Hosana Tavares é o livro “MARRÉRA BOM”, o primeiro do artista plástico Avelar Amorim, natural de Miguel Alves. Segundo o autor, o livro é um resgate cultural da ostentação dos anos 80. Mais voltado para a área da Antropologia, traz relatos dessa época, que o autor define como ostentação anos 80. Avelar expõe no seu livro crônicas, fotos do acervo familiar feito pelo seu pai, o fotógrafo Alvino Ribeiro, e fala também da sua infância. O livro pode ser adquirido diretamente com o autor: @avelaramorim ou com a própria cursista Hosana Tavares: @htavares0905.

Polo de Piripiri

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A cursista Natália Regina Oliveira indicou o "Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: A Libras em suas Mãos - 3 Volumes", de Fernando César Capovilla, Walkiria Duarte Raphael, Janice Gonçalves Temoteo e Antonielle Cantarelli Martins. Este Dicionário documenta mais de 13 mil sinais de Libras em entradas lexicais individuais, trazendo os verbetes correspondentes ao sinal em português e inglês, a definição do significado do sinal e dos verbetes, ilustrações e a descrição detalhada da forma do sinal, além de exemplos ilustrativos do uso funcional apropriado do verbete em frases e a especificação do escopo de validade geográfica em relação aos estados brasileiros.

O Dicionário contém a escrita visual direta do sinal em SignWriting, permitindo ao leitor concentrar-se nos traços distintivos que possibilitam diferenciar sinais semelhantes. É possível ainda encontrar a descrição da etimologia do sinal pela análise dos morfemas que compõem sua estrutura, e uma breve análise do parentesco semântico entre o sinal e outros sinais que compartilham alguns de seus morfemas moleculares. O livro é uma edição atualizada e ampliada do Novo Deit-Libras, e traz ainda a soletração digital em Libras por meio da fonte Capovilla-Raphael, permitindo à criança surda analisar a composição das palavras escritas e converter letras em formas de mão. Disponível aqui.

Polo de Teresina

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Helenice Araújo indicou o livro "Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda", de autoria de Audrei Gesser. A autora questiona: ainda é preciso insistir no fato de que a Libras é língua? Desde a década de 1960, ela recebeu o status linguístico, e, ainda hoje, continuamos a afirmar e reafirmar essa legitimidade. O objetivo desse livro é pensar algumas questões relativas à surdez, num momento oportuno e particularmente pertinente, quando decisões políticas têm propiciado um olhar diferenciado para as minorias linguísticas no Brasil.

Os discursos sobre o surdo, a língua de sinais e a surdez "abrem-se" para dois mundos desconhecidos entre si: o do surdo em relação ao mundo ouvinte e o do ouvinte em relação ao mundo surdo. O leitor encontrará aqui um ponto de partida para repensar algumas crenças, práticas e posturas à luz das transformações que marcam a área da surdez na atualidade. O que se espera é poder chegar a um novo olhar, a uma nova forma de narrar a(s) realidade(s) surda(s). Dada a amplitude das preocupações aqui delineadas, o livro pode alcançar diferentes públicos: surdos, ouvintes, leigos, profissionais da surdez, estudantes, professores ou simplesmente curiosos. Disponível aqui.