Seminário de Abertura das Atividades Acadêmicas do período letivo 2023.1 no Polo de Teresina
Após percorrer quatro municípios para concretizar a implantação das 07 novas turmas da etapa 2023.1: Castelo do Piauí e Currais – Geografia; Floriano - Educação Física; Luzilândia - Educação Física; Letras Português e Pedagogia; Teresina - Letras-Libras, o Parfor/UFPI realizou nesta segunda-feira, dia 10 de julho, o Seminário de Abertura das Atividades Acadêmicas do período letivo 2023.1, no Polo de Teresina, que ofertará o curso de Letras-Libras.
Evento foi realizado no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL/UFPI)
O seminário ocorreu no Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL/UFPI). Na ocasião, cumprimentando os presentes em nome do Reitor da UFPI, Prof. Gildásio Guedes, da Pró-Reitora de Ensino de Graduação, Profa. Ana Beatriz Gomes e do Coordenador de Seleção e Programas Especiais, Prof. Maycon Silva Santos, a Coordenadora Institucional do Parfor/UFPI, Profa. Glória Ferro, deu as boas-vindas aos novos cursistas e falou sobre a especificidade do Programa, destacando a importância do curso de Letras-Libras para a construção de uma educação mais justa e inclusiva. “A perspectiva que norteia o Parfor é a inclusão. Quando pensamos na possibilidade de formar o professor de Libras, nós estamos pensando de fato em olhar para o aluno com surdez ou alguma limitação auditiva e incluí-lo no processo de ensino e aprendizagem. Nós visamos, especialmente com este curso, uma sociedade mais inclusiva, justa e com igualdade social. Obrigada por vocês terem escolhido o Parfor/UFPI para dar continuidade à formação de vocês”, afirmou.
Professoras Ádila Marques, Glória Ferro, Isadora Almeida, Artenilde Soares e Maraisa Lopes
A Coordenadora do curso de Letras-Libras, Profa. Maraisa Lopes, mencionou a satisfação pela implantação da turma em Teresina, visto que há uma demanda muito grande e que a oferta contempla professores não só da cidade, mas de vários municípios da região. “Estamos aqui para contribuir com a formação de vocês, ajudando-os na construção de uma prática docente diferente, buscando fazer algo interdisciplinar, proporcionando as condições teórico-prático-reflexivas para que o professor de Libras compreenda sua práxis, buscando reconstrui-la continuamente, visando à melhoria da qualidade da educação e do ensino”, destacou.
Cursistas recebem explicações sobre o curso
Para a Profa. Artenilde Soares (UFPI/CCE/DA/RODA GRIÔ), que juntamente com a Profa. Isadora Wanderley Almeida, psicóloga e licencianda em Letras-Libras (UFPI), mediou a Roda de Diálogo l: Educação para as relações étnico-raciais: desafios e perspectivas, “falar sobre questões étnico-raciais para professores de Libras, que é uma língua, uma forma de comunicação, foi um desafio. Como nós não temos o curso de Libras no nosso aprender como professores e como pessoas, então há uma dificuldade em como fazer essa ponte e também falar de negritude, que como a gente vem dizendo ultimamente, é também um letramento, um lugar de aprender. Foi um desafio muito interessante, enriquecedor e necessário para podermos nos dar conta dessas interseccionalidades, pois existe essa pessoa que é preta, surda, homoafetiva, que carrega uma sobrecarga muito grande e quem vai estar diante dessa pessoa precisa estar muito atento a isso”, explicou.
Roda de Diálogo l: Educação para as relações étnico-raciais: desafios e perspectivas
Falando sobre “A interseccionalidade etnia-surdez”, a Profa. Isadora Almeida reiterou a importância de entendermos que nem todo surdo é igual. “Em 1989, Kimberlé Crenshaw trouxe o conceito de interseccionalidade ao perceber que, em determinadas situações, há uma intersecção entre diferentes identidades sociais. É a interação entre dois ou mais fatores sociais que “definem” uma pessoa. Dessa forma, nós precisamos despertar o senso de futuro, influenciando positivamente na construção da identidade, para que essa pessoas possam assumir o seu protagonismo e, consequentemente, fortalecer a cultura negra e/ou surda indígena”, disse.
A programação do evento contou também com a realização da Oficina: Orientações gerais para utilização do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) - Portal do Discente, ministrada pela Profa. Maraisa Lopes, sob coordenação da Profa. Isadora Almeida e do Seminário de Introdução ao Curso: O projeto formativo do curso de Letras-Libras do Parfor/UFPI, ministrado pelas professoras Maraisa Lopes e Isadora Almeida, coordenado pela Profa. Ádila Marques.
Oficina: Orientações gerais para utilização do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) - Portal do Discente
A cursista Rosenilde do Vale Carneiro, que já atua como intérprete de Libras em Teresina e como professora em uma escola municipal de Timon (MA), afirma que buscou o curso de Letras-Libras do Parfor/UFPI para qualificar a sua formação. “A UFPI é uma referência no nosso estado em relação à área e ao curso. Apesar de ser realizado em período especial, sabemos que não será fácil, estou muito feliz e pronta para dar o meu melhor, aproveitando ao máximo essa oportunidade”.
Cursista Rosenilde do Vale Carneiro
O Seminário de Abertura das Atividades Acadêmicas do Parfor/UFPI teve como objetivos refletir sobre a educação para as relações étnico-raciais como processo educativo que valoriza a diversidade, contribuindo para construção de uma sociedade justa e equânime; conhecer a especificidade do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e a logística de funcionamento do Programa na UFPI; contextualizar o projeto formativo do Parfor na UFPI, destacando a organização de tempos e espaços formativos; entender a estrutura e organização curricular dos cursos ofertados através do Parfor na UFPI e o campo de trabalho e atuação dos cursistas em conformidade com a área do curso; e compreender o funcionamento do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) visando à autonomia na utilização do portal do discente.
Seminário ocorreu durante todo o dia
Durante o evento houve, ainda, entrega de Material Didático – Pedagógico para os cursistas do Programa (bolsa, livro, caneta, grafite e camiseta) e a programação foi finalizada com comunicações e informes.