A maternidade e seus significados sempre foram celebrados ao longo da história da humanidade. A comemoração do Dia das Mães como a conhecemos atualmente se popularizou nos Estados Unidos a partir de 1914, mas a sua celebração teve origem na Grécia e na Roma Antiga, com cultos de adoração às divindades que representavam as mães. Ao longo do tempo, a celebração foi crescendo e adquiriu lugar de destaque nas datas comemorativas, sendo festejada em quase todo o mundo.
O perfil das mães também tem acompanhado a evolução dos tempos. As mulheres trabalham e acumulam papéis, equilibrando a vida em família com as exigências que têm fora de casa. A própria estrutura da família tem mudado bastante. Mas os cuidados, o amor e o carinho entre mães e filhos não mudam nunca.
Clara de Assis do Nascimento, professora formadora do curso de Pedagogia, Polo de Castelo do Piauí, foi mãe aos 21, 31 e depois aos 41 anos. Ela descreve a maternidade como algo maravilhoso e destaca os desafios de criar três filhos em faixas etárias tão distintas. Mãe do Pedro Vinicius (21 anos), da Vitória Cecília (11 anos) e do Théo José, de apenas 1 aninho, ela ainda é avó da pequena Ana Lua.
Profa. Clara de Assis com os filhos e a neta
"Gerar um ser dentro de você é inexplicável e divino. A primeira e a última gestação não foram programadas. Mas recebi essas grandes bênçãos com muito agradecimento. Filhos são bênçãos. Não é fácil educar filhos e ainda mais em faixas etárias tão diferentes. Enquanto zelo e cuido pela infância de um, redobro a atenção na adolescência do outro. E os programas? O filme no cinema? São gostos diferentes. Faço programas com cada um. Isso é necessário e importante, contribui para manter sólida a relação mãe e filho. Assim, posso conversar com eles e escutá-los sem interferência do outro. Gostamos muito também de passear juntos: ir para o sitio da vovó, ver os animais no zoobotânico, piquenique no Espaço da Cidadania, ir ao shopping e viajar. E ainda tem a netinha. Ela vem junto. Gosto de passear só com ela também. Mais não é fácil. Mães precisam de uma rede de apoio, porque não damos conta de tudo sozinhas", relata a professora.
Assim como a professora formadora Clara de Assis, a cursista de Pedagogia, do Polo de Castelo do Piauí, Irislandia de Sousa Silva, também vive os desafios de uma nova gestação após dois filhos adultos. O pequeno Felipe, de dois anos, que já acompanhou a mamãe nas aulas do Parfor.
Irislandia de Sousa com o pequeno Felipe durante
aula do Parfor
"Sou mãe de três filhos, dois já adultos em formação em suas carreiras e um bebê de 2 anos. Assim que decidi cursar Pedagogia me vi em um desafio, pois a locomoção de onde eu moro até a universidade é um pouco distante e ainda amamento meu pequeno. Sempre incentivei meus filhos a conquistarem seus objetivos e eu como mãe também busco realizar os meus, com esforço, dedicação e disciplina. A princípio, foi um pouco difícil a adaptação do meu bebê, cheguei a levá-lo em algumas aulas para acalmá-lo, mas hoje ele consegue passar um tempinho longe da mamãe durante os horários das aulas. Claro que não é fácil, pois também sou professora efetiva, então além da maternidade, também trabalho, sou professora da Educação Infantil. Ser mãe é ter que "se virar nos trintas", mas com amor e dedicação sempre faço o melhor que posso. Amo a maternidade e procuro sempre abraçar oportunidades para um futuro melhor e a educação é a melhor forma para realizá-los. Por fim desejo que essa formação me traga crescimento enquanto profissional e mãe, já que me esforço para ser um exemplo para eles nunca desistirem de ser quem eles desejarem se tornar um dia", afirma Irislandia.
No cenário atual, no qual a mulher precisa engajar-se na luta por ocupação de novos espaços e pela garantia dos seus direitos, enfrentando todas as iniquidades, o papel da mãe torna-se cada vez mais complexo, tendo em vista que na maioria dos casos ela precisa se desdobrar entre as tarefas do lar, o cuidado integral com os filhos e as atividades profissionais, como bem evidenciado nos depoimentos das professoras Clara e Irislandia.
A importância das mães na vida dos filhos foi expressada de maneira clara e precisa pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, que indaga:
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(“Para sempre”. Lição de Coisas. São Paulo: J. Olympio, 1965)
Em alusão à data comemorativa, na manhã desta sexta-feira (12), durante a reunião semanal do Colegiado, a Coordenadora Institucional do Parfor/UFPI, professora Glória Ferro, prestou uma homenagem às mães que direta ou indiretamente atuam no Parfor/UFPI.
Comemoração em alusão ao Dia das Mães
No encontro, que aconteceu de forma on-line e presencial, foi apresentado um vídeo com depoimentos dos filhos das coordenadoras de cursos e locais, além de fotos de cursistas e professoras formadoras com seus filhos, representando todas as mães (cursistas e formadoras) vinculadas ao Parfor/UFPI. As mães do pessoal da equipe de apoio e da coordenação também foram contempladas.
Após a apresentação do vídeo, a Profa. Glória Ferro entregou flores às mães presentes em forma de agradecimento pela contribuição para o desenvolvimento do Programa na UFPI. O encontro foi finalizado com um lanche.