Turma de Educação Física no Complexo de Badminton, em Teresina
A turma de Educação Física, do Polo do Parfor/UFPI de Miguel Alves, esteve em Teresina e no povoado Mimbó, comunidade remanescente de quilombo situada no município piauiense de Amarante, distante 170 km de Teresina, para a realização de atividades de campo propostas pelo Prof. David Emérito, que ministrou as disciplinas “Seminário de Introdução ao Curso de Educação Física” e “Recreação e Lazer”.
Cursistas conheceram a Pista de Atletismo e instalações do Departamento de Educação Física
As atividades contaram com a colaboração dos professores do curso de Educação Física: Jefferson Rodrigues Júnior, João Paulo Sabino e Mara Jordana Costa. O Prof. Jefferson Rodrigues explica que as visitas começaram no sábado (15), em Teresina, onde os alunos conheceram o Complexo Esportivo de Badminton, a Pista de Atletismo da UFPI, as instalações do Departamento de Educação Física e alguns laboratórios, como o de Fisiologia. Já no domingo (16), foram à comunidade quilombola Mimbó. A ideia de visitar a comunidade surgiu a partir do tema sugerido para o XIV Seminário do Parfor com o título: Educação, Diversidades, Meio Ambiente e Cidadania.
Alunos foram recebidos por professores do curso
O Prof. Davi Emérito destaca que durante as viagens foi possível trabalhar na prática conteúdos vistos em sala de aula. “Conhecer toda a parte estrutural do Departamento de Educação Física, as instalações dos laboratórios, o Setor de Esportes, a nossa pista de Atletismo, que é internacional, e o Complexo de Badminton, foi essencial para trabalhar pontos vistos na teoria. Em relação à visita ao Mimbó, foi bastante significativa, na medida em que possibilitou aos discentes uma reflexão sobre os diferentes aspectos que constituem a formação e resistência dessa comunidade quilombola. Compreendo que o conhecimento das circunstâncias e razões pelas quais os quilombolas chegaram ao Piauí e sua história de luta e resistência despertam em nós admiração e respeito, afastando qualquer tipo de preconceito”, afirma.
Na comunidade Mimbó, os alunos conheceram, dentre outros, a caverna onde os primeiros habitantes escravos fugidos do estado de Pernambuco se refugiaram e deram origem à comunidade. Ouviram também o depoimento de vários moradores, dentre os quais, da Profa. Idelsuíta, que destacou as principais dificuldades dos quilombolas desde sua chegada à região até os dias atuais, destacando suas atividades laborais, educação, vestuário e hábitos alimentares.
Visita à Comunidade Mimbó
"As atividades de campo e visitas realizadas pela turma são fundamentais para solidificar o conteúdo já verificado em sala de aula e também vivenciado no último SIMPARFOR. Portanto, a participação dos alunos é altamente recomendada e nessa atividade o engajamento foi fantástico", avalia o Coordenador do curso de Educação Física, Prof. João Gustavo Claudino.
Para o cursista Jefferson Júnior foi uma experiência muito rica, que proporcionou a aquisição de vários conhecimentos. “Em nome da turma, quero agradecer de coração a todos que colaboram para nossa viagem acontecer. Em especial ao professor Davi Emérito, que teve a ideia, ao professor João Paulo, por nos receber em seu laboratório e nos explicar tudo com tanta sabedoria, ao professor Jefferson, que esteve conosco durante todo o sábado, a professora Mara, e a toda a coordenação pelo apoio, nosso muito obrigado. Não temos palavras para agradecer. O sentimento de todos é o mesmo, foi uma experiência espetacular”.
Apresentação de dança na Comunidade Mimbó
A Coordenadora do Polo de Miguel Alves, Profa. Ana Campelo, agradece o apoio recebido por parte da Prefeitura Municipal de Miguel Alves para a realização da atividade, destacando que aulas de campo como essa são extremamente importantes para a formação dos cursistas.
Morador da Comunidade Mimbó
A professora Glória Ferro, Coordenadora Institucional do Parfor/UFPI, enfatiza que “o Programa apoia atividades que assegurem a consolidação das aprendizagens e que os espaços formativos têm o papel fundamental e desafiador de reconhecerem a diversidade etnocultural como parte legítima e inseparável da identidade nacional, alimentando práticas educativas que valorizem a história dos diferentes grupos que compõem a sociedade brasileira e promovam a superação de qualquer tipo de preconceito e discriminação”.
Equipe na Escadaria do Alto Da Costa e Silva, em Amarante