Docentes e discentes de Geografia e História realizam Sábado Cultural do Parfor 2022.2 em Luzilândia
Com o objetivo de discutir na prática aspectos históricos, geográficos e culturais vistos em sala de aula, foi realizado no dia 04 de março o Sábado Cultural do Parfor 2022.2. Organizado por docentes e discentes dos cursos de Geografia e História do Polo do Parfor/UFPI, em Luzilândia, o evento aconteceu no CETI Professora Cleonice Castro Teles, com apoio da Coordenação Institucional do Parfor/UFPI e da prefeitura de Luzilândia.
Memorial aos pescadores
Durante todo o dia foram realizadas diversas atividades como: Roteiro Histórico e Cultural, guiado pelo Coordenador de Turismo e Educação Patrimonial de Luzilândia, Jonh Lima; visita ao assentamento Palmares; exibição e comercialização de artesanato produzido no Centro de Produção de Luzilândia – Grupo de Artesãs Elas Empreendem; atrações culturais com apresentações da banda Som do Parnaíba, formada por alunos das escolas municipais, estaduais e privadas de Luzilândia; capoeiristas; repentistas; poeta; além de demonstrações de ofícios da região, como vaqueiro e pescador. O Sábado Cultural foi finalizado com degustação de comidas típicas do município.
O evento contou com a presença da coordenadora do curso de Geografia, Profa. Bartira Viana; do coordenador do curso de História, Prof. Francisco Vilanova; e de professores das disciplinas envolvidas: Gleison Monteiro, que ministra a disciplina História do Piauí II; Hallysson Ferreira, professor da disciplina Geografia do Piauí; e Claudia Saboia, da disciplina Geografia do Nordeste Brasileiro.
A Profa. Bartira Viana destacou a importância da realização do Sábado Cultural 2022.2 do Parfor da UFPI. “A atividade, planejada no projeto Redescobrindo o Nordeste, decorre do resgate dos aspectos históricos e culturais do Luzilândia, assim como das características do meio socioambiental do município, visando uma aprendizagem mais significativa no processo de formação dos professores de Geografia do Parfor”, afirmou.
Profa. Bartira Viana (à esquerda) com cursitas de Geografia durante evento
Segundo o Prof. Francisco Vilanova, o evento foi muito proveitoso. “A programação contemplou aspectos da história, economia, geografia, sociedade e cultura da cidade de Luzilândia e da nossa região, possibilitando aos nossos cursistas uma reflexão sobre a importância desses conhecimentos para a formação de sua identidade e para a valorização da memória e da realidade local/regional", avalia.
A coordenadora do Polo de Luzilândia, Profa. Isabella Barros, detalhou como a programação do Sábado Cultural foi organizada. “O evento proporcionou que os nossos cursistas conhecessem mais sobre a cultura local, já que se trata das disciplinas de Geografia e História do Nordeste e do Piauí. Pela manhã foi feito o roteiro cultural, religioso e das águas, como costumamos chamar aqui na cidade, e durante a tarde foram realizadas exposições de artesanato, dança, comidas típicas da região. De fato, esse momento foi muito importante para esses professores que estão se formando agora, para que a partir dessa interação possam contribuir na educação dos seus alunos em sala de aula”.
Coordenadora do Polo de Luzilândia, Isabella Barros, fala sobre a programação do evento
De acordo com o Prof. Gleison Monteiro, eventos como esse possibilitam que os alunos conheçam melhor a história do município, para que, além de preservá-la, possam levar esse conhecimento para a educação básica. “Ao invés de fazermos uma aula teórica, optamos por uma aula prática, exatamente para discutirmos as questões históricas e geográficas de Luzilândia, como também sensibilizarmos nossos cursistas para a importância de articular essa teoria e prática e, principalmente, sobre a necessidade de trabalhar todo esse conteúdo na educação básica, que é o nosso foco principal”.
Prof. Gleison Monteiro e Prof. Francisco Vilanova no CETI Professora Cleonice Castro Teles
A Profa. Cláudia Sabóia frisa que o evento visou resgatar atividades culturais que revelam a riqueza do Nordeste e do Estado do Piauí. “Ressalta-se a participação significativa dos alunos no sentido de articulação construtiva das atividades na perspectiva histórica e cultural. Na oportunidade, houve a apresentação da literatura de cordel, de repentistas, apresentação da banda local Fanfarra, degustação de comidas típicas, etc.”.
Em sua fala, Profa. Cláudia Sabóia destacou a participação dos alunos
Para Luzia Layane, cursista de Geografia, o evento proporcionou o aprimoramento dos seus conhecimentos, despertando um novo olhar para a sua própria cidade. “O fato de estarmos estudando pontos históricos e turísticos de Luzilândia, conduzidos pelos professores e por um representante da Secretaria de Cultura, nos leva a ampliar o conhecimento sobre aspectos da nossa cidade, muitas vezes desconhecidos por seus próprios moradores”.
Já para Lucas Nunes, cursista de História, que não é natural de Luzilândia, o evento foi fundamental para a pesquisa que desenvolve no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “No meu TCC abordo as práticas culturais da cidade. Portanto, foi um dia bastante enriquecedor, pois me permitiu conhecer melhor a população ribeirinha e vários outros aspectos da história da região até então desconhecidos”.
Cursistas Luzia Layane e Lucas Nunes
Jonh Lima, Coordenador de Turismo e Educação Patrimonial de Luzilândia e egresso do curso de História do Parfor/UFPI, explica que o roteiro temático nos pontos históricos e geográficos da cidade é realizado pela Secretaria de Cultura desde o ano passado. “A proposta é apresentar um pouco da nossa história, da geografia urbana da cidade, além de curiosidades, pois muitas vezes passamos por um monumento, falamos o nome de uma rua e não sabemos a história que carrega”.
A Coordenadora Institucional do Parfor/UFPI, professora Glória Ferro, reiterou a importância de atividades dessa natureza, tendo em vista que um dos princípios norteadores de toda a prática formativa dos cursos ofertados através do Parfor é a indissociabilidade entre a teoria e a prática. “Isso significa que, coerentemente com uma perspectiva crítica e emancipatória de formação docente, é imperativo que os educadores, além de refletirem criticamente sobre a prática, reconheçam a importância de traduzir o resultado desse pensamento crítico em ações concretas nas salas de aula e no mundo político mais amplo, que se traduzam em compromisso com a luta pela democracia”, complementa.