A oficina foi ministrada pela professora Pâmela Cristiana de Almeida
Um pedaço de bambu e um potinho de iogurte podem se transformar em instrumentos musicais? A princípio parece improvável, mas os alunos do VI bloco do Curso de Música do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), descobriram que é possível fazer muitas coisas interessantes com esses matérias, além de outros objetos encontrados no dia-a-dia de qualquer pessoa.
A responsável por mostrar esse maravilhoso mundo das possibilidades foi a professora Pâmela Cristiana de Almeida, durante a oficina ministrada na disciplina “Organologia e Construção de Instrumentos Escolares”.
“A disciplina é pensar o funcionamento dos instrumentos. Como aquele instrumento musical produz aquele som - se é através de uma vibração de corda, se é através do sopro, se é através da percussão em uma pele ou em uma madeira, se é com água. Enfim, qual é a fonte sonora daquele instrumento. Então, isso é conhecer a Organologia. Esses instrumentos são classificados em diversas formas, como por exemplo: vibrafones, instrumentos idiofônicos, que são os percussivos, os instrumentos de cordas, os instrumentos de sopro”, explicou Pâmela Cristiana.
Segundo a professora de Música, o principal objetivo da oficina foi mostrar aos alunos do Programa, como a Organologia funciona na prática e como essa ciência pode ajudá-los a transformar as aulas de Educação Musical.
“É para eles terem esse conhecimento e levar depois para as escolas, as propostas de trabalhar dentro da educação musical, a fonte sonora dos instrumentos musicais, como eles produzem os sons. Esse é o foco da disciplina. O nome construção de instrumentos escolares deveria ser construção de instrumentos musicais, porque instrumentos escolares podem ser muitas coisas”, afirmou a professora Pâmela Cristiana.
De acordo com Josenildo Sales de Araújo, aluno de Música do VI bloco do PARFOR/UFPI, a experiência proporcionada pela oficina foi inovadora.
“A gente confeccionou muitos instrumentos. Nós fizemos uma prática muito grande. Essa prática nos auxilia a utilizar materiais que seriam desperdiçados. Na nossa região tem muitos [matérias] como o bambu e a taboca, e a gente com muita facilidade construiria instrumentos e mostraria para os alunos a construção desses instrumentos, e a facilidade deles poderem inclusive ter algum recurso financeiro com essa construção”, ressaltou Josenildo Sales.
“Uma sala com 30 crianças, nem sempre é possível adquirir uma percussão especifica vindo de uma fábrica ( para cada criança). Então, existem propostas no Brasil inteiro, que nós podemos construir os instrumentos usando materiais, alguns recicláveis. Mas a gente usa muitos matérias do dia-a-dia, coisas que a gente tem em casa e que pode virar um instrumento. Um balde pode virar um tambor. Eles [alunos] fizeram flauta com cano de PVC”, comentou a professora Pâmela Cristiana.
ENFORUFPI
Oficina "Construção de Instrumentos Musicais com Materiais Recicláveis"
No segundo dia do Encontro sobre Formação de Professores em Exercício na Educação Básica (I ENFORUFPI), a professora Pâmela Cristiana de Almeida ministrou a oficina "Construção de Instrumentos Musicais com Materiais Recicláveis", semelhante a oficina de “Organologia e Construção de Instrumentos Escolares”, porém com focos diferentes.
“Elas são semelhantes no quesito do material usado. Só que lá [no ENFORUFPI] o foco não era entender a produção sonora de cada um, as possíveis sonoridades que os instrumentos possuem. O foco maior era justamente trabalhar com a palavrinha do momento, sustentabilidade. Lá, eles fizeram alguns jogos com o intuito de trabalhar, por exemplo, a atenção, a coordenação motora, e usando materiais recicláveis. Eles viram essas possibilidades. Mas o foco maior no ENFORUFPI, também foi com os instrumentos musicais, para eles [participantes] levarem a educação musical para as escolas. E foi bastante interessante, porque professores de outras cidades que estavam no evento, acharam tão bonito aquele fazer, que querem que a gente vá até eles, dar uma formação especifica para os professores daquela cidade”, finalizou Pâmela Cristiana de Almeida, professora de Música do PARFOR/UFPI.