Na manhã desta quinta-feira (04/07), foi realizada a defesa da dissertação de José de Jesus Redusino, egresso da turma de Primeira Licenciatura em História ofertada pelo Parfor/UFPI em Teresina. Redusino, já era formado em Filosofia, mas ministrava aulas de História e, por isso, fez a graduação nesta área pelo programa.
A dissertação foi defendida através do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil da UFPI e é intitulada “No caminho de apóstolo: Imprensa católica, história, identidades e representações culturais do catolicismo no Piauí (1907 – 1912)”. A respeito da escolha do objeto de investigação o autor explica: “Minha pesquisa está relacionada à questão das religiosidades aqui no Piauí. Meu objeto é um jornal chamado O Apóstolo. Foi o primeiro jornal a ser fundado em Teresina e que passou a circular em 1906. Foi criado por Dom Joaquim que foi o primeiro bispo da diocese”.
De acordo com o professor, a motivação da pesquisa é de ordem pessoal, por conta de sua formação: ele foi seminarista. Porém, também foi por uma questão do acaso. Em 2016, quando realizava uma pesquisa no site da Biblioteca Nacional, José encontrou 280 edições do jornal O Apóstolo. “Foi um achado riquíssimo. Trata-se da história do Piauí”, argumenta.
Antes de concorrer à seleção de mestrado, Redusino fez uma especialização à distância na área de “Educação, Pobreza e Desigualdade Social”. Ao comparar as duas experiências o professor relata: “[Na especialização] tínhamos encontros presenciais, mas eram muito esporádicos. No mestrado é diferente: você tem sempre que estar focado, lendo, estudando. Ou seja, tem sempre que estar construindo algo mais, produzir artigos e publicar, até porque isso faz parte da prerrogativa do curso em si. E isso ajuda muito porque você entra em um processo que é contínuo”.
Para o educador, estar concluindo o mestrado hoje é resultado de um “conjunto de coisas boas que aconteceram”: a conclusão do curso pelo Parfor em 2014, a especialização logo em seguida e, por fim, a aprovação no processo seletivo para mestrado em 2016.
Ele avalia o curso do Parfor/UFPI como “fundamental” para sua formação. “Quando começamos, éramos 14 e onze se formaram. Tivemos o privilégio deter, junto a nós, uma equipe de professores muito bons da UFPI. Isso alavancou demais a nossa formação, sobretudo, a questão da prática docente”, diz.
Para a coordenadora geral do Parfor na UFPI, Glória Ferro, a disposição dos cursistas do Parfor em dar continuidade aos estudos na pós-graduação já é confirmada em vários estudos e evidencia uma experiência profícua de formação inicial que, a despeito dos inúmeros problemas e dificuldades inerentes à especificidade do Programa, estimula os professores a buscarem outros níveis de formação. “Essa e muitas outras experiências positivas do Parfor reafirmam a necessidade de que os compromissos com a formação de professores sejam mantidos pelo MEC”, disse a coordenadora.
Redusino diz ter planos de fazer doutorado e que já prepara o projeto para o processo seletivo. Diz que pretende fazer na área de Educação ou de História. Mas, diz que não tem planos de dar aulas no ensino superior. “Geralmente quando a gente faz o mestrado acadêmico, a tendência é essa. Eu não vejo muito não [nesta área]. Talvez esporadicamente, mas por enquanto quero continuar [atuando] na educação básica, seja como professor ou como técnico. Ou alguma outra função que não me faça sair da área de educação básica”, finaliza.