Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NINTEC) impulsiona a inovação na UFPI

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Criado por meio de um projeto aprovado em 2006, o Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NINTEC) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) tem como missão apoiar pesquisadores e inventores independentes da Instituição na proteção de suas criações, como patentes, marcas e softwares, garantindo a segurança de seus direitos sobre essas invenções.

O NINTEC também incentiva a divulgação dessas inovações e promove a transferência de tecnologias para o mercado, permitindo que a sociedade se beneficie dos avanços acadêmicos. A proteção de propriedade intelectual é uma das formas de assegurar que as criações não fiquem arquivadas ou sejam exploradas indevidamente.

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O professor Rodrigo Veras, Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da UFPI, destaca o papel estratégico do NINTEC, que, além de proteger as inovações da Universidade, tem um papel central na implementação da Política de Inovação da UFPI. O objetivo é promover um ambiente criativo e colaborativo que conecte a Universidade ao setor produtivo (seja público ou privado) e à sociedade, garantindo que as inovações da UFPI alcancem seu pleno potencial e contribuam para o desenvolvimento do estado e do país. “Mais do que proteger criações, o NINTEC busca garantir que as inovações da UFPI cheguem ao seu máximo potencial, conectando a Universidade ao setor produtivo e à sociedade. Estamos comprometidos em fortalecer a cultura empreendedora e transformar ideias inovadoras em realidade, impulsionando o desenvolvimento do Piauí e do Brasil”, afirmou.

 

O professor Albemerc Moraes, diretor do NINTEC, fala sobre a importância do núcleo na Universidade e como ele tem buscado atualizar e ampliar seu papel. “O NINTEC tem trabalhado para fortalecer a cultura de inovação na UFPI, com ações como o depósito de patentes e a realização de transferências tecnológicas”, frisou. 

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Um marco importante foi a primeira transferência tecnológica realizada pela UFPI, em parceria com a empresa Fitofit, que demonstrou como uma invenção da Universidade pode ser levada ao mercado, beneficiando a sociedade. O núcleo também busca transformar a UFPI em um centro de excelência em proteção de inovações e licenciamento de tecnologias, estabelecendo parcerias com outras instituições e empresas para criar uma rede que potencialize as ações de inovação e contribua para o desenvolvimento regional e nacional.

Até o momento, a UFPI registrou 132 softwares, 3 desenhos industriais, 3 marcas e depositou 85 patentes. Além disso, 15 patentes foram depositadas em parceria com outras instituições e 8 patentes já foram concedidas. O NINTEC também realizou sua primeira transferência tecnológica, marcando um avanço importante na interação da Universidade com o mercado.

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A pesquisa de Anderson Soares, mestre pelo PROFNIT/UFPI, analisa como melhorar as relações entre universidades, empresas e governo para impulsionar a inovação. Ele identifica a falta de profissionais qualificados para mediar o processo de transferência de tecnologia, essencial para que as inovações acadêmicas cheguem ao mercado. Anderson utilizou o caso da startup Fitofit, que passou por um processo de transferência de tecnologia com o apoio do NINTEC, para validar sua pesquisa sobre a tríplice hélice e as competências necessárias nesse processo. “O que avaliamos nas pesquisas é que existem competências e habilidades no processo de mediação entre a Universidade e o setor produtivo que favorecem a transferência de tecnologia. Nas universidades brasileiras, muitas vezes as pessoas selecionadas para mediar esse processo não possuem as competências adequadas”, relatou.

A Fitofit, startup que foi incubada na UFPI, desenvolve produtos naturais a partir de cadeias produtivas locais, como o caju. O professor Lívio César Cunha Nunes destaca o papel essencial do NINTEC no apoio à startup, desde a mentoria sobre a proteção de ativos intangíveis até o registro e a primeira transferência de tecnologia da Universidade junto ao INPI. A startup foca em pesquisa, desenvolvimento e inovação de suplementos naturais, como os derivados do pedúnculo floral do caju, um material até então subutilizado. “A Fitofit é uma startup de base tecnológica nascida na UFPI com o propósito de pesquisa, desenvolvimento e inovação de suplementos e produtos naturais oriundos de cadeias produtivas locais como carnaúba, buriti, babaçu e caju. Focamos principalmente nas partes pouco ou ainda não exploradas dessas cadeias produtivas”, explicou.

O núcleo também tem se empenhado para tornar seus serviços mais acessíveis à comunidade acadêmica bem como à comunidade de uma forma geral. O site do NINTEC foi recentemente atualizado, oferecendo formulários para a submissão de propostas de propriedade intelectual e outros serviços, além de um canal de comunicação por e-mail (nintec.ufpi.edu.br) para atender às dúvidas de pesquisadores e alunos.

Com um olhar voltado para o futuro, o NINTEC segue trabalhando para consolidar a UFPI como uma Universidade inovadora, estimulando cada vez mais a proteção e a transferência de inovações e ajudando a levar soluções acadêmicas para o setor produtivo e, por fim, para a sociedade.

Ecossistema de inovação da região – Recentemente, no Podcast InovaUFPI, a professora Ana Cristina Fialho (ex-diretora do NINTEC) explicou como os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) são essenciais para o fortalecimento da inovação no Piauí. A interação entre universidades, empresas e governo, facilitada pelos NITs, é fundamental para promover a transferência de tecnologia e apoiar empreendedores e pesquisadores.

Além disso, o NINTEC oferecerá capacitações para pesquisadores, discentes e profissionais na área de inovação, propriedade intelectual e transferência tecnológica. Recentemente, o Núcleo promoveu um Webinar sobre o Edital Catalisa ICT do Sebrae (disponível no canal UFPITV do YouTube), em colaboração com os Núcleos de Inovação Tecnológica do Piauí, com o objetivo de orientar e esclarecer dúvidas sobre o edital, destacando oportunidades de bolsas, recursos e capacitação para pesquisas de mestrado e doutorado. 

Vale destacar que o Curso Geral de Propriedade Intelectual, oferecido pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) e pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), está com inscrições abertas. Gratuito e on-line, o curso ensina a importância da Propriedade Intelectual na gestão da inovação. Informações sobre esse e outros eventos futuros serão divulgadas no site do NINTEC/PROPESQI e nas redes sociais da PROPESQI (@propesqiufpi) e do GAAI (@gaai.ufpi).