No dia 14 de novembro, profissionais de saúde pública ao redor do mundo celebram o Dia Mundial do Diabetes. A data foi criada em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), com o intuito de trazer esclarecimentos sobre a doença e contribuir para a sua prevenção. Embora a diabetes seja mais comumente associada a seres humanos, ela também pode acometer animais, principalmente cães e gatos.
O diagnóstico e o tratamento têm ganhado atenção especial, e cada vez mais veterinários alertam os tutores sobre a importância do acompanhamento. A diabetes mellitus é uma doença endócrina que pode incidir em cães e gatos de diversas raças, inclusive nos chamados "vira-latas". No entanto, fatores como alimentação inadequada e sedentarismo podem contribuir para o desenvolvimento da condição.
Sintomas que merecem atenção
A diabetes é uma doença silenciosa, o que torna fundamental que os tutores fiquem atentos aos primeiros sinais. A residente em medicina veterinária do Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Rebeca Coelho, explica alguns desses sintomas: “Os sinais clínicos do diabetes em cães e gatos incluem perda de peso, aumento na quantidade de urina, maior ingestão de água e, em alguns casos, aumento do apetite.”
No entanto, esses sinais podem ser confundidos com os de outras condições de saúde, e muitos tutores demoram a perceber que algo está errado. Por isso, exames de rotina e consultas regulares são extremamente importantes.
Prevenção: um papel importante dos tutores
A prevenção da diabetes em animais passa por cuidados diários que, além de evitarem a doença, melhoram a qualidade de vida do pet. Segundo Rebeca, garantir uma alimentação equilibrada com ração de boa qualidade, evitar alimentação caseira em excesso e incentivar a prática de exercícios são as melhores formas de reduzir o risco.
Rebeca destaca que a obesidade é um dos fatores que mais contribuem para o aumento dos casos de diabetes. “Por ser um fator de risco, a obesidade também é um aspecto a ser considerado na prevenção da doença. Manter seu animal em uma rotina de atividades físicas é extremamente importante”, aconselha.
Tratamento e qualidade de vida
O diagnóstico de diabetes em um animal de estimação pode ser um momento delicado para os tutores. No entanto, com o acompanhamento adequado e o tratamento correto, pets com diabetes podem levar uma vida plena e saudável. O tratamento geralmente envolve a aplicação regular de insulina, ajustes na alimentação e a inclusão de atividades físicas na rotina do pet. É importante lembrar que esse acompanhamento deve sempre ser realizado por um profissional capacitado. Portanto, ao suspeitar que seu animal possa ter diabetes mellitus, procure um médico veterinário, preferencialmente um especialista em endocrinologia. Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental, pois a diabetes, quando não tratada, pode levar a complicações graves, como problemas renais e cardíacos, que afetam a saúde geral do animal.
Outros Pets também podem desenvolver
Embora a diabetes seja mais comum em cães e gatos, outros animais exóticos, como coelhos e porquinhos da índia, também podem desenvolver a doença. Nesses casos, é essencial buscar um veterinário especializado, pois o tratamento e os cuidados podem variar conforme a espécie.