Professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI
Excelência e qualidade. O Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI (PPGEd) recebeu nota 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O PPGed é o programa mais antigo da Instituição e o segundo a receber essa nota. O resultado é uma projeção de todo o esforço coletivo envolvendo docentes, discentes e funcionários que trabalham na construção e manutenção da pós-graduação na área da Educação.
A Profa. Dra. Maria da Glória Moura, atual Coordenadora do PPGEd, conta como se deu o preparo para chegar à nota. “Todos os professores se empenharam e nós tivemos uma grande produção, tanto em livros quanto em periódicos, e isso nos ajudou muito a sair da nota 4. E além dessa produção intelectual mais árdua, a entrada e a saída dos mestrandos e doutorandos no tempo previsto é um ponto forte”, conta.
Profa. Dra. Glória Moura, atual Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI
A nota máxima a ser alcançada é 7, mas receber o conceito 5 significa estar entre os 25 melhores programas do Brasil e isso gera cada vez mais visibilidade e credibilidade. “Nós somos um programa consolidado. Essa nota é importante na questão da distribuição dos recursos financeiros, e se somos nota 5 já temos direito a ficar com uma cota maior. Então, além da preocupação com a qualidade, essa também é uma vantagem, e isso é gratificante”, explica a Profa. Dra. Glória.
Maria Vilani Cosme de Carvalho, Profa. Dra. do PPGEd, pontua que conseguir a nota 5 é fruto de um trabalho coletivo e humanizado, e que o sentimento é de realização e reconhecimento. “Estamos muito preocupados com a qualidade do ensino e da pesquisa na Pós-Gaduação em Educação. Nosso programa tem sido referência não só no Nordeste, mas no país. Referência no sentido de que todos os anos nós temos uma faixa de 500 inscritos, não apenas do Piauí, para concorrer a pouco mais de 30 vagas”, esclarece.
Maria Vilani, Profa. Dra. do Programa de Pós-Graduação em Educação
Agora, os professores pensam em estratégias para manter o conceito 5 e estão em busca da nota máxima, o conceito 7. José Augusto Sobrinho, Dr. em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor titular da UFPI, fala um pouco sobre o compromisso que ainda têm. “Já titulamos mais de 400 mestres e mais de 60 doutores. Manter uma nota 5 significa dizer que nós temos que aumentar todos os esforços em termos de produção científica, ampliar a produção em periódicos, livros e internacionalizar o programa. Então, nós temos um trabalho mais árduo a ser feito”, destaca.
Professora a vida inteira, passando por todos os níveis de ensino, Glória Moura externa o sentimento que a preenche. “É um pouco complicado tentar dizer o que sinto, mas acho que tanto no campo pessoal quanto no profissional nós temos uma sensação de dever cumprido. De forma coletiva e como muito esforço, passamos a fazer o que precisava ser feito para conseguir o 5. Eu costumo até dizer que se eu saísse hoje ou amanhã, eu sairia feliz porque eu colaborei e fico com a sensação de dever cumprido”, compartilha.
Professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI em reunião
O recurso enviado à CAPES
O resultado da avaliação saiu por volta de agosto de 2017 no site da CAPES, e a expectativa era receber nota 5, mas a divulgada foi 4. Assim, o professor Luís Carlos Sales, Diretor do Centro de Ciências da Educação (CCE), ajudou na elaboração de um recurso pedindo a revisão da avaliação. Mas o primeiro resultado não foi satisfatório. “Não concordamos com a justificativa do indeferimento do recurso. Nós tínhamos uma produção muito boa e vínhamos com essa nota 4 desde 2004 e nesse ano nós conseguimos uma boa produção”, explica.
Luís Carlos Sales, Diretor do Centro de Ciências da Educação da UFPI (CCE)
Ainda assim, quando saiu em dezembro o resultado do recurso, avaliado pelo mesmo grupo anterior, a nota permaneceu a mesma. “Pensamos em deixar para o próximo quadriênio, mas percebemos que estava errado e não podíamos fazer isso. Sentamos e reescrevemos uma redação para convencer o Conselho Superior da CAPES e o resultado favorável saiu em 16 de agosto desse ano”, esclarece a professora Glória Moura.
Com resultado positivo e com o sentimento de dever cumprido, o diretor Luís Carlos Sales frisa a necessidade de continuar firme nos trabalhos desenvolvidos. “O ponto é trabalhar mais ainda, pois a nota vem de forma lenta. Poucos programas têm nota 6 e 7, são mais os que têm inserção internacional. Então, além de manter a produção é buscar ter relações internacionais para aumentar a nota”, finaliza.