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Millena Ayla, mulher negra e estudante da Engenharia Florestal aprovada em 2º lugar no mestrado acadêmico na UnB – PPG MADER

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Última atualização em Quarta, 12 de Mai de 2021, 09h55

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Millena Ayla da Mata Dias, 27 anos, mulher negra, filha e neta de quebradeira de coco babaçu, saiu da cidade de Urbano Santos, interior do Maranhão, com o apoio da mãe e alguns parentes foi estudar na cidade de Bom Jesus, na Universidade Federal do Piauí – (CPCE), onde fez o curso de Engenharia Florestal, vinda de classe popular e ligada as questões sociais. É integrante no grupo PET intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una, como bolsista teve oportunidade de conhecer a realidade das comunidades camponesas presentes na Estação Ecológica de Uruçuí-Una.  Se articulou no movimento estudantil dentro e fora do Campus por meio do Diretório Central dos Estudantes, além disso, foi monitora do Projeto Pré-Enem Popular Vale do Gurgueia, na qual pode viver a experiência da docência e da luta em prol da democratização da Universidade pública, junto com classes populares. Atualmente faz parte do Núcleo de Agroecologia e Artes do Vale do Gurgueia (NAGU), no qual pode resgatar suas origens de quebradeira de coco, por via do núcleo e do projeto Noções de Sustentabilidade e Boas Práticas da Cadeia do Coco Babaçu pode conhecer e pesquisar a luta das quebradeiras de coco babaçu da região.

Sobre sua aprovação no mestrado na UnB, Millena afirma que: “Os laços que teci e os conhecimentos compartilhados comigo foram essenciais para que hoje eu possa continuar minha formação acadêmica. A aprovação no mestrado é fundamental nessa construção, pois sou a primeira formada de Universidade pública e ingressa em uma pós-graduação da minha família, vejo que além de mim outras pessoas também podem acessar a universidade pública, mas precisam de oportunidade, que diferente da meritocracia visa garantir equidade e uma educação igualitária. Como Paulo Freire partilhou conosco:  ninguém educa ninguém nem tampouco se educam sozinhos, as pessoas se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Com a oportunidade queria agradecer imensamente as professoras que contribuíram para que essa aprovação fosse possível, em especial as professoras Valcilene, Maria do Socorro e Kelci Anne. Vocês realmente seguem o legado de ser educador!  Assim, sigamos na esperança de um mundo melhor para todos e todas, e, esse melhor só será possível por meio da educação”.

 

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