Pesquisa da UFPI analisa a cobertura vacinal contra a hepatite B em profissionais de saúde em Teresina

WhatsApp_Image_2024-10-30_at_09.26.08.jpeg

A Hepatite B, é uma Infecção Sexualmente Transmissível, é considerada um grave problema de Saúde Pública e tem magnitude elevada quando globalmente cerca de 257 milhões de pessoas vivem com infecção. Torna-se motivo de preocupação considerando que a infecção pode ser prevenida pela vacina contra hepatite B, quando a pessoa recebe três doses de vacina contra hepatite B, disponível na rede pública de saúde. Mesmo assim, completar o esquema de três doses da vacina ainda é desafiador em várias populações. Diante disso, um projeto de pesquisa desenvolvido pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) intitulado “Avaliação da resposta à vacina contra a hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária” busca identificar a cobertura vacinal contra hepatite B entre profissionais da saúde de atenção primária de saúde, executada na cidade de Teresina.

WhatsApp_Image_2024-10-29_at_12.01.24.jpeg

Professora Rosilane Brito

De acordo com a coordenadora do projeto, professora Rosilane de Lima Brito Magalhães, a pesquisa permite dar uma visão ampla sobre a cobertura vacinal contra a hepatite B.

“Esse estudo busca identificar a cobertura vacinal contra hepatite B entre profissionais de saúde da atenção primária à saúde, realizada no município de Teresina. Além disso, estamos verificando a soroconversão da vacina contra hepatite B, através do exame anti-HBs, e já realizamos em mais de 150 profissionais de saúde”, explica a professora.

Ainda de acordo com a professora Rosilane de Lima Brito Magalhães, o estudo acerca da cobertura de vacinação contra a hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária, possui uma contribuição importante para a redução de agravos da doença nestes profissionais.

“A pesquisa pode ter impacto no aumento da cobertura vacinal contra hepatite B e reduzir novos agravos, quando diante dos resultados do anti-HBs os profissionais de saúde são orientados a completar o seu esquema vacinal. Isso pode contribuir para prevenção contra a infecção, considerando que estão mais expostos”, explica a coordenadora do projeto.

WhatsApp_Image_2024-10-29_at_12.01.51.jpeg

Bolsista de Iniciação Científica e discente de Enfermagem, Danielle Nedson

Para a bolsista de Iniciação Científica/UFPI do projeto e graduanda em Enfermagem, Danielle Nedson, a pesquisa tem um impacto grandioso no incentivo à imunização da população contra a hepatite B.

“Eu acho que quando a gente garante que esses profissionais estejam imunizados, a gente vai proteger não apenas os profissionais, mas também os pacientes que eles estão atendendo ali direto, né? Porque eles também vão servir como exemplo. A gente sabe que os profissionais servem como exemplo. Então, se o profissional está bem informado sobre a vacina, está vacinado, é claro que ele vai incentivar os pacientes também a se vacinarem”, ressalta a graduanda em Enfermagem.

Ainda conforme a bolsista PIBIC/UFPI do projeto, Danielle Nedson, o foco do estudo foi priorizar os profissionais da atenção primária, em razão de já existirem estudos na atenção secundária e terciária.

“O foco dessa pesquisa é na atenção primária justamente porque já tem estudo trazendo a atenção secundária e a atenção terciária. Então, quando a gente traz o estudo com a atenção primária, com a realidade deles, investigando se eles já sofreram um acidente ali durante a atuação e se eles realmente estão vacinados, se eles sabem se estão protegidos, a gente traz um ganho muito grande com a atenção primária, porque a gente vai compreender não só se ele está vacinado, mas também o contexto que ele está inserido na atenção primária”, conclui a bolsista Pibic do Projeto, Danielle Nedson.

A pesquisa, coordenada pela professora Rosilane de Lima Brito, contou ainda com a participação de um mestrando e um doutorando. Essa pesquisa foi elaborada a partir de resultados de outros estudos que mostraram baixa completude vacinal contra hepatite B em outras populações, como pessoas que vivem em situação de rua, realizada pelo Grupo de Estudo Sobre Doenças Infecciosas e Outros Agravos-GEDI.