Projeto da UFPI relaciona o uso de videogames em pacientes com deficiência respiratória

Entre as sequelas presentes nas pessoas que são acometidas pela Covid-19, está o comprometimento da respiração. Nesse sentido, um projeto em andamento na Universidade Federal do Piauí (UFPI) intitulado “Gameterapia para auxílio de reabilitação respiratória”, tem buscado trazer melhorias para as pessoas que tentam recuperar a qualidade na respiração. Sob a coordenação da professora Carla Leite, do Departamento de Morfologia, a pesquisa já está na sua segunda fase. 

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Pesquisa busca auxiliar o processo de reabilitação respiratória 

O projeto, que conta com a participação de 12 estudantes do curso de Medicina, que também possuem experiências em outras áreas da tecnologia, é baseado na utilização da gameterapia. Essa estratégia é realizada sob um protocolo de reabilitação, buscando aliar o processo de recuperação e o uso de jogos ou softwares para o tratamento de sequelas decorrentes de diferentes doenças. A literatura da área aponta um crescimento na utilização da gameterapia para a reabilitação de pacientes.

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Professora Carla Leite

Para a professora e coordenadora da pesquisa, Carla Leite, esse é um trabalho essencial em resposta a uma demanda acentuada com a pandemia de Covid-19. “Essa preocupação surgiu no período pós-pandêmico, então buscamos uma ideia que pudesse ter um impacto social. Estamos na fase dois da nossa pesquisa, realizando testes de bancada, assim esse é um campo a ser explorado com o intuito de colher resultados proveitosos da pesquisa”, pontua. 

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Discente Vinicius Teles

O estudante Vinicius Teles, explica como surgiu a ideia da pesquisa. “O processo de reabilitação é algo que muitos pacientes acham monótono e entediante, então nas nossas pesquisas encontramos a gameterapia. O que percebemos é que geralmente é o paciente que se adapta ao formato do jogo já existente, daí surgiu um dos motivos da nossa pesquisa que foi a possibilidade do jogo ser adaptado a ele, sentiamos essa falta. Outro aspecto que também notamos foi que essa é uma ferramenta que não costuma ser aplicada na reabilitação respiratória, então esse é mais um diferencial que pensamos”, destaca.

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Alunos que participam do projeto

Entre os resultados esperados com o fim da pesquisa, o estudante aponta o desejo de somar esforços aos tratamentos já existentes e que, assim, atenda as necessidades da população. “Esperamos que essa seja uma ferramenta acessível e aplicável principalmente no SUS, que possa ser agregada ao que já é utilizado com os pacientes. A nossa ideia é evitar a evasão dessas pessoas”. conclui