Teciane Ribeiro é natural de Campo Maior - PI.
A estudante Teciane Ribeiro, do curso de Engenharia Civil da UFPI, foi aprovada no Programa de Especialização em Engenharia (PEE) da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
O programa consiste em um mestrado para profissionais que desejam aprofundar conhecimentos no setor aeroespacial, preparando-os para o desenvolvimento de produtos, tecnologia e inovação em ambientes dinâmicos e multidisciplinares.
Três egressos do Centro de Tecnologia (CT) da UFPI já foram selecionados para o mestrado. São eles: Wesley Calland, em 2019, Silvio Romero, em 2021 e Yago Bueno, neste ano de 2023. Teciane é a primeira mulher piauiense a conseguir uma vaga.
Ela conta que descobriu a oportunidade por meio de um e-mail recebido pelo diretor do Centro de Tecnologia, Professor Dr. Marcos Lira, e sentiu-se motivada a tentar a vaga após assistir a uma palestra de Wesley Calland, primeiro piauiense a ingressar no mestrado.
“Não conhecia o programa, mas graças ao e-mail do diretor do CT, tive conhecimento e fui me inscrevendo. Além disso, assisti à palestra ministrada pelo Wesley sobre o programa na Semana de Engenharia Civil, e me inspirou tanto a história dele como aumentou mais ainda a curiosidade e vontade de entrar no ramo da aeronáutica”, destaca.
O processo seletivo é composto por três etapas. Primeiro, ocorre a análise de currículo e o teste de inglês. Após isso, vem a prova teórica e a redação. Por fim, é realizada uma dinâmica em grupo e a entrevista individual.
Teciane e os professores da banca em sua apresentação de TCC.
A futura mestranda afirma que o ensino e o apoio recebido por parte da Universidade durante sua jornada acadêmica contribuíram positivamente para sua aprovação: “[Agradeço] à Coordenação de Engenharia Civil que me deu suporte desde o início do processo, quando nem sabia se iria passar, e ao ensino de qualidade da UFPI em si, à abrangência que tive no meu curso, que me deu totais condições para responder a prova técnica do ITA”, pontua.
Como lugar de desenvolvimento estudantil, social e cultural, o Centro de Tecnologia da UFPI aloca muitos sonhos, histórias e representatividade.
"Minha mãe veio de uma família analfabeta e foi a primeira a se formar e virar professora de Letras Português. É muito gratificante carregar essa conquista na área da educação, sobretudo por ela. Além disso, eu quero, principalmente, aproveitar essa notoriedade para incentivar todos os estudantes de Engenharia, em especial as mulheres, encorajá-las e mostrar que estamos em todos os ambientes, que podemos ir mais longe e alcançar o que parece estar distante da nossa realidade”, finaliza.
Texto: Sergio Almeida