Abril azul: o respeito começa na inclusão

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Simbolizado pela cor azul, o mês de abril convoca a sociedade brasileira para uma pauta importante. Com a proposta de conscientizar as pessoas acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a campanha Abril Azul é comemorada todos os anos e também tem o objetivo de informar e derrubar barreiras e preconceitos a respeito do TEA.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que refere-se a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais e padrões restritos e/ou repetitivos de comportamento. O TEA possui algumas características como dificuldade de interação social; dificuldade de comunicação, hipersensibilidade sensorial; desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos que podem indicar a presença do transtorno. Além disso, o autismo também pode ser caracterizado através de graus em uma escala de um ao três que podem apontar o nível de gravidade do transtorno.

De acordo com a ONU, deve haver cerca de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo,tornando imprescindível o acesso aos direitos básicos por parte dessa classe, no qual querem ocupar seu espaço em áreas como educação e trabalho. 

Ana Luiza, Técnica em administração no Centro de Tecnologia, é mãe de um filho que apresenta o Transtorno de Espectro Autista e conta que após o diagnóstico do filho, passou a estudar e pesquisar mais acerca do assunto. “Eu nunca tive nenhuma resistência ao diagnóstico do meu filho. Pelo contrário, senti até um certo alívio em poder começar a entender um pouco das dificuldades dele por um outro olhar. Para nós, que somos mães de crianças atípicas, e lemos, estudamos e pesquisamos sobre isso, já cheio de desafios. E para uma sociedade que não conhece sobre o assunto, com certeza, é ainda mais difícil”. 

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Ana Luiza, Técnica em administração no Centro de Tecnologia, e seu filho.

Ana também fala que, como mãe, é difícil saber que muitas pessoas não entendem alguns comportamentos de seu filho e que isso pode afetar ele de alguma forma. “É doloroso ver que, às vezes, até os priminhos não conseguem entender comportamentos específicos dele de não querer brincar com ele, por exemplo. Em relação aos comentários dos outros, eu não me importo muito, mas ele é uma criança e por enquanto, de alguma forma, eu consigo blindá-lo. Mas quando ele for maior, será que ele vai saber lidar com isso? Qual efeito esse tipo de julgamento vai ter sobre ele?”, relatou.

Dentro do ambiente acadêmico a pauta do respeito às pessoas que estão dentro do espectro autista deve ser difundida, não só no mês de abril, mas todo o ano, com a intenção de ampliar o conhecimento e acolhimento em relação à campanha e promover uma sociedade de inclusão e igualdade em todos os aspectos da vida.