Data: 25/01/2017
Horário: 16:00
Local: Sala Newton Lopes
Organização: Prof. Francisco de Oliveira Barros Junior/Departamento de Ciências Sociais
Estar desempregado, na vida para consumo, é desassossegador. O que fazer quando as perspectivas de arranjar um emprego não são nada satisfatórias e as contas para pagar continuam batendo nas nossas portas? Há situações que beiram o desespero. Algo precisa ser feito. A solução encontrada, algumas vezes, esbarra em coerções sociais advindas da “moral e dos bons costumes” reinantes no contexto onde habitam os sujeitos desempregados. Falta dinheiro para o leite dos meninos e eles demandam por uma resposta urgente. Uma situação geradora de conflitos entre valores. Nas antinomias da vida humana, convicção e responsabilidade exigem atitudes concretas. A garantia da continuidade da vida está em jogo. O limite entre o trágico e o cômico é tênue. Como extrair humor de situações dramáticas? Tragicomédias são encenadas nos nossos shows cotidianos. A grave questão do desemprego é tema central do filme OU TUDO OU NADA, dirigido por Peter Cattaneo. Uma “comédia” inteligente, delicada, provocativa e promotora de reflexões. “Quem não tem cão, caça com gato”. Um dito popular que leva a refletirmos sobre os impasses vividos pelos protagonistas do mencionado texto fílmico. Seis homens, sem emprego, decidem montar um show de strip-tease para mulheres com o objetivo de solucionarem o difícil momento que atravessam por não encontrarem ocupação no mercado de trabalho. Um problema crítico que não conhece fronteiras. Quem ousa atirar a primeira pedra para o atrevido sexteto de “strippers”? Sem moralismos, OU TUDO OU NADA desnuda a complexidade das relações humanas e sociais. O que você faria em semelhante situação? Dos desempregados ingleses para os desocupados das outras regiões do planeta, o cinema encara a realidade com seriedade e sem sisudez. Comentários: Francisco de Oliveira Barros Junior