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Tela Sociológica: LAGO DOS CISNES (THE KIROV BALLET

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Data: 06/07/2016

Local: Sala Newton Lopes

Horário: 16:00 e 18:00

Organização: Prof. Francisco de Oliveira Barros Junior/Departamento de Ciências Sociais

Para os sociólogos interessados nas produções artísticas, recomendo a companhia das letras de Norbert Elias na sua sensível obra “Mozart, Sociologia de um Gênio”. De um ponto de vista teórico-metodológico, convém atentar para o seguinte toque: sem reducionismos, vejamos “a autonomia relativa da obra de arte e o complexo de problemas a ela associados”. Em um exercício de contextualização histórica, o sociólogo visualiza “o artista no ser humano”. Mergulha nos mundos sociais pelos quais transita o produtor de arte e capta a sua genialidade. Nas particulares reflexões sociológicas sobre músicos, é traçado o seguinte objetivo: “investigar a conexão entre a experiência e o destino do artista criador em sua sociedade, ou seja, entre esta sociedade e as obras produzidas pelo artista”. Tchaikovsky, o clássico compositor do “Lago dos Cisnes”, poderia ser também o destinatário da seguinte fala norbertiana: “... Sua ressonância claramente não está limitada aos contemporâneos da sociedade em que vive o criador. Uma das características mais significativas dos produtos humanos que chamamos de “obras de arte” é o fato de serem relativamente autônomos em relação a seu produtor ou à sociedade de seu produtor. Muitas vezes uma obra de arte só é percebida como obra-prima quando começa a tocar os sentimentos de pessoas de uma geração posterior à do produtor. Que qualidades de uma obra, e que aspectos estruturais da existência social e da sociedade de seu criador, fazem com que este seja tido como “grande” por gerações posteriores – algumas vezes a despeito da falta de ressonância entre seus contemporâneos?”

Comentários: Francisco de Oliveira Barros Junior

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