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TELA SOCIOLÓGICA: FAHRENHEIT 451

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Data: 18/04/2016

Local: Sala Newton Lopes

Horário: 16:00 e 18:00

Organização: Prof. Francisco de Oliveira Barros Junior/Departamento de Ciências Sociais

“O que seria da sua vida se você não tivesse o direito de ler?” Para quem valoriza a companhia das letras, um terror. A inquietante pergunta antes referida, rebenta a partir da leitura do filme FAHRENHEIT 451, obra cinematográfica dirigida pelo genial François Truffaut. O cineasta projeta uma sociedade na qual os leitores são vistos como “perigosos”, “anti-sociais” e precisam passar por uma “re-educação”. Em tal contexto de vigilância, o olho do poder atenta para as geladeiras e televisões “falsas” que são usadas pelos “desobedientes” amantes da literatura como esconderijo para os textos literários que possuíam nas suas residências. Uma inquisitora situação onde os bombeiros são protagonistas. Na justificativa para o título do filme, damos voz para o bombeiro Montag. Segundo ele, “Fahrenheit 451 é a temperatura em que o papel dos livros incendeia e começa a queimar”. Montag foi doutrinado para expor que “os livros são apenas lixo. Não têm interesse nenhum”. Seguindo tal mentalidade e em nome da lei, fogo neles. Nas suas rotinas semanais, os agentes da ordem programavam as suas fogueiras editoriais. Montag apresenta um roteiro: “Segunda, queimamos Miller. Terça, Tolstói. Quarta, Walt Whitman. Sexta, Faulkner. Sábado e domingo, Schopenhauer e Sartre. Na cabeça do capitão das incendiárias operações, “os livros não têm nada a dizer!”. Em resposta a tal provocação, recorro ao “Bobo” Shakesperiano de “O Rei Lear”. Na cena IV do ato II, uma loquaz fala responde ao insulto do personagem Truffautiano:

“Pai que anda esmolambado

O filho é cego, o desgraçado.

Mas se tem o burro do dinheiro

O filho é quem o vê primeiro.

A fortuna é puta nobre

Nunca abre para um pobre. ...”  Comentários: Francisco de Oliveira Barros Junior

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