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Tela Sociológica - Filme Uma Chance para Viver

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Data: 20/10/2015

Local: Sala Newton Lopes

Horário: 16:00 e 18:00

Organização: Prof. Francisco de Oliveira Barros Junior/Departamento de Ciências Sociais

A TELA SOCIOLÓGICA valoriza o engajamento e segue o movimento OUTUBRO ROSA com a exibição do filme UMA CHANCE PARA VIVER (LIVING PROOF). Baseado em uma história verdadeira, o texto fílmico narra a corrida do Dr. Dennis Slamon no seu empreendimento científico de testar uma droga experimental no enfrentamento do câncer de mama. De modo didático, a obra cinematográfica dá voz para o discurso técnico da ciência. O médico explica a lógica condutora da sua pesquisa quando indagado sobre o que seria o HER-2. Estamos em 1988, no Centro Médico da Universidade da Califórnia. Uma fala médica desvela um conflituoso campo médico. A sua mercantilização, protagonizada pelas empresas farmacêuticas, provoca a indignação do Dr. Slamon: “Não somos homens de negócios. Somos médicos”. Ele explica o objeto do seu investimento de pesquisador: HER-2 “...é o hormônio do crescimento que uso para criar uma droga contra o câncer da mama. ...A quimioterapia funciona com o princípio de matar células cancerosas e quase matar o paciente com veneno, esperando que células novas sejam sãs. Isso não faz sentido para mim. Estou tentando fazer algo que nunca foi feito. Usar uma superproteína do corpo e atacar as células doentes e desligá-las, como se usasse um interruptor. Não vai curar o câncer, mas vai detê-lo, o que é quase tão bom quanto curar”. E fornece um dado quantitativo daquele momento: “Cerca de 200 mil mulheres são diagnosticadas com câncer da mama ao ano”. É a linguagem cinematográfica informando sobre uma doença desassossegadora. A sua presença cotidiana tem assustado muita gente. Daí a relevância de abordá-la em uma sociedade de risco. Assim vivemos agora. Em A DOENÇA COMO METÁFORA, Susan Sontag escreve: “O  tratamento também tem um sabor militar. A radioterapia usa as metáforas da guerra aérea: os pacientes são “bombardeados” com raios tóxicos. E a quimioterapia é a guerra química, usando venenos. O tratamento objetiva “matar” células cancerosas (sem – assim se espera – matar o paciente). Os efeitos colaterais desagradáveis do tratamento são apregoados, na realidade superapregoados. (Uma frase comum é “a agonia da quimioterapia”.) É impossível evitar que se danifiquem ou se destruam células sadias (de fato, alguns métodos usados para tratar o câncer podem causar câncer), mas acredita-se que quase todo dano ao corpo é justificado se ele salva a vida do paciente. A verdade é que, muitas vezes, isso não funciona”.   

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