Abertas as atividades do V Congresso Internacional de Atenção Primária a Saúde (CIAPS)

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Neste dia 6 de maio de 2021, logo após a apresentação de abertura do V Congresso Internacional de Atenção Primária à Saúde (V CIAPS), as mesas compostas por profissionais da área, foram transmitidas pelo canal do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS (NUEPES), pelo site Youtube trazendo temas relevantes a pesquisa e estudo científico.

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Dando continuidade ao evento na mesa de número um, “Mortalidade Materna: Avanços e Desafios”, a professora de Ângela Cruz, trouxe as “Etapas da Agenda 2030” que surgiu do movimento RIO +20 para a construção de um desenvolvimento sustentável. A agenda possui 17 objetivos e 169 metas aplicadas em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os atores fundamentais são a sociedade brasileira, os gestores públicos, congresso nacional, setor privado entre outros. Uma tarefa é adequar as metas a realidade brasileira, fazer a vinculação dessas metas aos ministérios, constituir uma oportunidade de ter políticas integradas e garantir o desenvolvimento de políticas públicas. Cada país deve possuir um indicador para identificar a quantidade de mortes maternas e ajudar na sua redução que está entre a metas em relação a saúde.

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Em seguida com o tema “Estratégias para a Redução da Mortalidade Materna”. A palestra apresentada pelo médico Conrado Ragazini, trouxe possíveis soluções para serem realizadas antes da gravidez, durante a gestação, no parto e no pós parto. Nela destacou a importância do planejamento familiar, contraceptivos e de um aconselhamento correto.

“Pensando em promoção da saúde e de doenças, tudo começa em prevenir uma gestação que não era para acontecer ou que a mulher não queria que acontecesse, então, precisamos investir em programas adequados de contracepção”.

Além de trazer a priorização da realização do pré-natal, acompanhamento médico da gestação que esclarece dúvidas sobre a gravidez e o parto, e também previne doenças. Devendo prezar pelo treinamento, prevenção, diagnóstico e manejo no atendimento dessas gestantes.

 

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Com o tema “Redução da Mortalidade Materna no Brasil” a enfermeira Liliane Augusto, explicou um pouco sobre as ações que tem sido feitas para reduzir um impacto da problemática no país. E encerrou as palestras no turno da manhã, contemplando possibilidades e caminhos a serem percorridos para rever as ações para o cuidar melhor dessas mães.

 

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A tarde a programação continuou a partir das 14h com a mesa dois que trouxe debates riquíssimos e um contexto relevante no mesmo canal Nuepes Não a Mortalidade Materna. O primeiro tema da mesa foi “Doença Hipertensiva Específica da Gestação” ministrado pelo professor Arimatéa Santos. Que tratou do porquê das mortes de mulheres por hemorragias, hipertensão, infecções e sobre a pré-eclâmpsia seu diagnóstico, prevenção e tratamento.

A segunda temática tratada foi “Infecção Urinária e Saúde da Gestante”, pelo professor José Neto, depois disso a professora Salete Cipriano explicou sobre o “Diabetes Mellitus Gestacional” e a importância do seu acompanhamento e tratamento na gravidez. A mesa fechou com o lançamento do mapa de evidências “Mortalidade Materna”. Em seguida as atividades do congresso foram encerradas com a apresentação oral de trabalhos. 

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O V Congresso Internacional de Atenção Primária a Saúde (CIAPS) teve continuação de suas atividades através de mesas redondas neste dia 7 de maio de 2021. A transmissão do evento pelo canal Nuepes Não Mortalidade Materna no Youtube fica disponível para que mais pessoas possam acessar o conteúdo e aprimorar conhecimento. O início de suas apresentações foi das 9h da manhã até as 12h e 14h até as 18h da noite com seu encerramento.

A mesa de número três de tema “Contribuição das PICS a Saúde Materna” coordenada pelo médico Ricardo Ghelman, deu início a suas atividades a partir da apresentação do Gestor de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Daniel Amado. O gestor expôs aspectos voltados a “Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)”, a maior parte da população não pode ter acesso a essas práticas por isso a importância de investir em políticas públicas, o ideal é regulamentar essas políticas de saúde no SUS. Ampliando o olhar dos profissionais de saúde, possibilitando maior oferta de tratamento para várias doenças e o uso racional do sistema de saúde. Para garantir um melhor aproveitamento das medicações ou diminuição de fármacos, aumentando o bem estar e redução de problemas como depressão e ansiedade através de mudanças dos hábitos de vida e práticas de saúde voltadas ao autocuidado.

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Ao decorrer das apresentações do evento, o professor Antônio Seixlac trouxe uma perspectiva sobre os comportamentos femininos impostos em cada época. A “Fitoterapia para Saúde da Mulher,” associação de plantas para tratar enfermidades, no caso do tratamento ginecológico, o uso dessas plantas medicinais que podem ajudar a melhorar, por exemplo, a tensão pré-menstrual, o cansaço, a ansiedade e as dores no período menstrual.

A fisioterapeuta, Andrea Barreto, explicou os benefícios da medicina tradicional chinesa. Técnicas aplicadas para regular problemas como a endometriose, ovários policísticos e a menstruação. Entre as técnicas comprovadas cientificamente, estão acupuntura e auriculoterapia, métodos que ajudam a diminuir a depressão, e o transtorno de ansiedade na menopausa e no climatério. O Professor Caio Portela, tratou da “Contribuição das PICS para a Transição Menopausal”. As pesquisas sobre terapias para as mulheres na menopausa vêm crescendo e provando que os sintomas podem ser melhorados através do yoga, hipnose e plantas medicinais. E o uso das plantas medicinais traz um resultado significativo muitas vezes com poucos efeitos colaterais.

As palestras trouxeram um amplo conhecimento em relação ao parto com a enfermeira e parteira Aline Tarraga e a professora Sônia Lima em “Fitoterápicos no Climatério: Benefícios e Riscos”. Para encerrar o turno da manhã, a última apresentação foi do médico Ricardo Ghelman que abordou um tema relevante “Produtos naturais, Oncologia e saúde da Mulher”, esclarecendo dúvidas e promovendo a saúde.

 

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Já no turno da tarde a partir das 14h a mesa de número quatro “A gravidez em tempos de COVID-19”, coordenada pela professora Salete Cipriano, iniciou com a apresentação da médica Évelyn Traina, “Manejo Clínico da Gestante com COVID-19”, que abordou como cuidar da paciente com a doença, medicamentos que devem ser utilizados e precauções que devem ser tomadas para evitar o contágio pelo vírus. O segundo palestrante foi do médico Victor Ramos, “Governança Clínica e Saúde Orientada para a População de Portugal” e em seguida o professor Carlos Costa, “A COVID-19 no Mundo: Estimativa dos Agravos”, que exibiu gráficos em tempo real sobre os números de mortes e do contágio pelo novo coronavírus com uma retrospectiva de evolução doença até hoje.

As apresentações de trabalhos e banners ocorreram nos dias 06 e 07 de maio no CIAPS que fomentavam a busca pelo entendimento da saúde. O tempo das apresentações de trabalho era em cerca de 8 minutos por pessoa, para que se tivesse um bom entendimento e que todos pudessem apresentar suas pesquisas.

André Felipe de Castro, acadêmico de Enfermagem apresentou o trabalho oral sobre “Caracterização social e epidemiológica de lesão autoprovocada em um estado do nordeste brasileiro”. “O objetivo do trabalho foi caracterizar, de forma social e epidemiológica, a violência autoprovocada na população de um estado do nordeste brasileiro, durante o período de 2010 a 2019”, explica.

José Alberto Carneiro, acadêmico de Enfermagem abordou em sua apresentação o “Uso de mídias sociais na divulgação científica e promoção de eventos para redução da mortalidade materna em âmbito nacional”. De acordo com o pesquisador, foi realizado um estudo descritivo, relato de experiência de discentes, docentes e profissionais envolvidos no processo de divulgação científica no Instagram e site da UNA-SUS-UFPI.

“As contribuições das postagens são fundamentais para democratização do acesso e inclusão dos profissionais de saúde ao debate sobre a redução da mortalidade materna, causa que interfere diretamente ou indiretamente no cotidiano das pessoas”, explica.

O pesquisador Ailson Lima apresentou o trabalho “Os efeitos do treinamento com peso na redução da obesidade/excesso de peso em mulheres a partir dos 50 anos”. “Os trabalhos analisados e apresentados na revisão sistemática não responderam e/ou não apresentaram resultado significativo quanto a utilização do Treinamento com pesos para a redução da obesidade/excesso de peso em mulheres a partir dos 50 anos”. E logo após as apresentações orais de trabalhos ocorreu o enceramento do evento às 18h da noite.