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À energia solar, sistema permite criar peixe, camarão e cultivar hidropônica com economia de água

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Estudantes e professores do Curso de Engenharia de Pesca, do Campus Ministro Reis Velloso, da UFPI em Parnaíba, aperfeiçoam estudos do experimento “Tecnologias de produção de peixes e camarão em sistema de recirculação de água”, que permite criar na mesma estrutura peixes, crustáceos e ainda cultivar hidropônicas. O sistema é alimentado por energia solar. Desenvolvido há cerca de 1 ano, o projeto está inserido no contexto da agricultura familiar como política que pode ser adotada para fortalecer a soberania alimentar e nutricional de famílias do Nordeste. As pesquisas são realizadas na Estação de Piscicultura da UFPI.  

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O sistema contém quatro placas de energia solar que abastecem uma bateria e faz a agua circular em dezesseis tanques. Na estrutura, são criadas as espécies de peixes Tambaqui e Tilápia, além do camarão Vannamei. No prazo de cem dias, os peixes e camarões estão prontos para consumo.  

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 Professor do Curso de Engenharia de Pesca da UFPI, Josenildo de Souza - Foto: arquivo/Coordcom

“O sistema conta com filtros para água mecânicos, biológicos e químicos, que permitem utilizar a mesma água até quatro vezes no sistema. E o resíduo da limpeza desses filtros serve para adubação de plantas, tanto para hidropônicas quanto para canteiros. Todo o sistema está funcionado, tanto oxigenação quanto aeração, por placas solares. É totalmente sustentável! E viável do ponto de vista econômico-financeiro, adequado à pequena produção, e também pode ser usado em regiões semiáridas e que não possuem energia convencional”, avalia o Prof. Dr. Josenildo de Souza, coordenador do projeto.

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Com o projeto, pensado para atender a produção em pequena escala, a expectativa é cultivar em torno de 80 quilos de peixe e 20 quilos de camarão por metro cúbico de água por ano.O objetivo final é fazer essa tecnologia chegar às famílias que trabalham com cultivo de pescado e crustáceo. Todo o sistema, incluindo tanques, placas de energia solar, filtros e bomba deve custar cerca de R$ 3.500. O Banco do Nordeste, que financia a pesquisa, pretende criar uma linha de crédito específica para que pequenos produtores invistam na tecnologia para ampliar a renda. O projeto conta com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Extensão ( Pibex) e da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura ( PREXT).

“Esse projeto é desenvolvido por meio de uma ação da Universidade com financiamento do Banco do Nordeste. Já foi liberada a primeira parcela e aguardamos a segunda. Em fases seguintes do projeto, serão realizadas oficinas de treinamento sobre a utilização do sistema, voltadas a agricultores familiares, associação de pescadores, além de mulheres e jovens do meio rural”, detalha Raimundo Neto, engenheiro de pesca.

O sistema gera uma economia de água de aproximadamente 90% na produção dos pescados. "A grande sacada desse projeto é justamente a economia do recurso hídrico. Em relação ao sistema convencional de cultivo, que utiliza até 30 mil litros de água para produção de 1 quilo de pescado. No sistema de recirculação, a gente consegue diminuir para 350 litros de água”, explica Marília Leal, aluna de Engenharia de Pesca.

A pesquisa já gerou 3 patentes e há mais 2 tecnologias em processo de depósito.

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