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Tecnologia desenvolvida na UFPI recebe patente de invenção do Instituto Nacional da Propriedade Industrial

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Última atualização em Segunda, 02 de Março de 2020, 10h45

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu patente de invenção a Universidade Federal do Piauí, em decorrência do processo de clarificação de óleos usando a palygorskita ativada termicamente. A pesquisa foi desenvolvida pela Mestra Katiane Xavier, sob orientação do Prof. Dr. Edson Cavalcanti da Silva Filho no Programa de Pós-Graduação em Química.

O certificado de patente assegura a propriedade da invenção a UFPI em todo o território nacional e garante os direitos decorrentes da invenção. “O deferimento do pedido de patente é um carimbo do reconhecimento da tecnologia, onde o INPI reconhece a validade da tecnologia. É uma autenticidade a mais do trabalho que foi desenvolvido aqui na UFPI”, destaca o Prof. Dr. Edson Cavalcanti da Silva Filho.

DSC_0054.JPGProf. Dr. Edson Cavalcanti da Silva Filho

Quando o INPI reconhece uma patente à tecnologia fica protegida, hoje essa tecnologia é da UFPI. A palygorskita é um mineral argiloso, de estrutura fibrosa. A tecnologia foi desenvolvida pelos pesquisadores Edson Cavalcanti da Silva Filho, Katiane Cruz Magalhães, Maria Rita de Morais Chaves Santos e Adão Benvindo da Luz do Programa de Pós-Graduação da UFPI em parceria com o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) e a empresa Itaoeste.

O processo de clarificação de óleos usando a palygorskita ativada termicamente trata-se de um filtro para clarificação de óleos. “O óleo bruto vem com uma grande quantidade de betacaroteno que é um pigmento natural encontrado em plantas e responsáveis pelas cores vibrantes de algumas frutas e legumes. Algumas argilas já são utilizadas para a clarificação de óleos, o que a gente fez foi um tratamento térmico na argila para melhorar as propriedades da argila”, explica o Prof. Dr. Edson Cavalcanti.

A diferença do processo de clarificação de óleos desenvolvido na UFPI para os outros processos de clarificação é o material que foi modificado termicamente e com isso passou a ter propriedades superiores às argilas naturais, que são utilizadas hoje em dia nos processos de clarificação.

A ideia de usar a palygorskita no processo de clarificação de óleos surgiu a partir da revisão bibliográfica de outros trabalhos para remoção de poluentes desenvolvidos bo programa de Pós-Graduação em Química. Os pesquisadores queriam uma aplicação da substância mais direcionada para a indústria de óleo e por isso resolveram ativar a palygorskita termicamente com essa finalidade.

A pesquisa que resultou na patente foi desenvolvida em 2013 e a Carta patente foi expedida em 18 de fevereiro de 2020. A pesquisadora Katiane Xavier, já concluiu o mestrado na Pós-Graduação de Química em 2013 e hoje atua como Docente na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Katiane já tinha conhecimento prévio sobre argilas desde a graduação. “Eu já tinha, nas minhas iniciações científicas, um conhecimento prévio sobre argilas e queria continuar nessa mesma linha de pesquisa no mestrado” relata Katiane Xavier.             

DSC_0546.JPGKatiane Xavier

O interesse da pesquisadora em patentear a sua pesquisa surgiu em um minicurso que participou em um simpósio do CETEM no Rio Grande do Norte. Com a patente deferida Katiane ficou interessada em voltar para as pesquisas ingressar no Doutorado. “Eu senti que eu devo voltar novamente a pesquisa. O trabalho foi muito promissor, resultou em 2 artigos publicados em revistas e esta patente.” destaca Katiane.

O programa de Pós-Graduação em Química continua desenvolvendo linhas de pesquisa com outros materiais e sistemas de ativação. O apoio da Universidade Federal do Piauí foi essencial para a conquista da patente e o desenvolvimento da pesquisa. “Essa patente só foi possível porque a UFPI deu suporte, a UFPI, parcerias e o CETEM.” conclui Katiane.

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