“Insetos alimentícios” é tema da última mesa redonda do II Congresso de Entomologia do Piauí
Realização da mesa redonda sobre "insetos alimentícios" no Centro de Ciências Agrárias (CCA)
As atividades do II Congresso de Entomologia do Piauí - “Ciência, Tecnologia e Sustentabilidade” encerram hoje (21). Durante a tarde, no Centro de Ciências Agrárias (CCA), aconteceu a mesa redonda sobre insetos alimentícios. A atividade contou com a participação de especialistas na área que realizaram palestras sobre “Uso de insetos na alimentação animal” e “Gastronomia sustentável: insetos alimentícios contribuintes essenciais para a vida no Planeta Terra”, por exemplo.
Janaína Kimpara é pesquisadora na Embrapa Meio Norte e trabalha na área de apicultura. Em sua fala sobre “Uso de insetos na alimentação animal”, ela fez explicações sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos na área de alimentação animal. “Houve um projeto em que cultivamos insetos e com isso formamos rações para peixes e aves. Tem uma demanda crescente agora por alimentos, especialmente alimentos de origem animal, que são uma dessas fontes de proteínas. O tema é atual e desperta interesse”, explica Janaína.
Palestrante e pesquisadora da Embrapa Meio Norte, Janaína Kampira
Dando seguimento à programação, Ramon Santos, professor do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS), realizou a palestra com a temática “Entomofagia: histórico e técnicas de criação das principais espécies”. O professor trabalha com insetos na alimentação humana e contou que “o objetivo da palestra hoje é passar um pouco da informação de como se cria e estão sendo usados os insetos e qual o mercado dos insetos hoje”, pontua.
Ramon Santos, professor do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS)
A mediadora da mesa redonda e também palestrante, Luciana Silva, é professora da Universidade Federal Piauí (UFPI) de Bom Jesus. Na sua fala explicou que a temática da palestra sobre insetos alimentícios é um experimento inicial que está em desenvolvimento no campus em parceria com os professores do curso de Zootecnia. “O objetivo das pesquisas que iniciamos é desenvolver uma dieta de baixo custo que viabilize a produção maçal de tenebrio. Assim, é possível utilizar as larvas na incorporação da ração para alimentar frangos de corte”, esclarece.
Luciana Silva, mediadora da mesa redonda e professora da Universidade Federal Piauí (UFPI/Bom Jesus)
A professora ainda segue ressaltando que os resultados estão sendo exitosos, comprovados, inclusive, pelo volume de produção relativamente significativo. “Estamos na etapa de ajuste de protocolo em termos de nutrientes que são essências para o bom desenvolvimento do tenebrio. Até o final do ano vamos ter o desenvolvimento do frango com a farinha do inseto incorporado na ração. Provavelmente em meados de 2020 tenhamos todo o resultado desse ciclo”, declara Luciana.
Gabriela Ferri, estudante de licenciatura em Ciências Biológicas, no Instituto Federal do Piauí (IFPI)
A estudante de licenciatura em Ciências Biológicas, no Instituto Federal do Piauí (IFPI), Gabriela Ferri é participante do evento. Ela expôs sua fotografia da Uruçu-amarela, Melipona rufiventris, espécie de abelha nativa do Piauí que está concorrendo risco de extinção. Ela ainda enfatiza que a escolha da foto é importante para salientar a necessidade de preservação. “Ela está no livro vermelho das espécies. Precisamos conservar nossas abelhas, especialmente no atual cenário político que apoia desmatamento e devastação. Participar desse evento me ajuda a ampliar meus conhecimentos na área de Entomologia”, finaliza a estudante.
Exposição da fotografia da Uruçu-amarela, Melipona rufiventris, espécie de abelha nativa do Piauí
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