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UFPI instala Projeto Mini-Franquias Sociais na Cadeia Produtiva de Coco Babaçu na Fazenda da Paz

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Última atualização em Terça, 30 de Abril de 2019, 09h19

A promoção de emprego e renda se faz cada vez mais necessária nos dias atuais, principalmente de forma adequada às realidades existentes na sociedade. Pensando nisso, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), em parceria com a Fazenda da Paz, idealizou o Projeto Mini Franquias Sociais, voltado para a Cadeia Produtiva de Coco Babaçu, na cidade de Teresina (PI). A franquia, ainda um projeto piloto, foi nomeada de Babcool, e já foi instalada na fazenda.

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UFPI realiza projeto de aproveitamento do coco babaçu em parceria com a Fazenda da Paz

A iniciativa tem por objetivo desenvolver a economia solidária de unidades familiares rurais que trabalham com o aproveitamento do coco babaçu no Piauí, visando a sustentabilidade ambiental da atividade. Para isso, o projeto conta com o desenvolvimento e disposição de maquinário que facilite o processo de quebra e extrativismo do fruto. A proposta ainda mantém a autogestão do trabalho, de modo que as pessoas possam exercer sua cidadania, com respeito às suas tradições e ao meio ambiente.

Os professores do Curso de Engenharia de Produção da UFPI, integrantes da equipe de planejamento do projeto, Prof. Dr. Tarso Caselli, Prof. Dr. Francisco de Assis e Prof. Dr. Francisco Pinheiro, ainda estabeleceram uma relação de troca entre a mini franquia e a Graduação e Mestrado do curso.

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Professores do Curso de Engenharia de Produção da UFPI, Prof. Dr. Tarso Caselli, Prof. Dr. Francisco de Assis e Prof. Dr. Francisco Pinheiro

Tarso Caselli trabalha diretamente na articulação do meio ambiente e análise das cadeias produtivas e gestão da produção. O professor explica a importância e os benefícios da franquia para as pessoas que trabalham com a quebra de coco, principalmente mulheres, uma vez que o uso por parte delas é mais comum. “O processo de trabalho do coco babaçu é um pouco penoso, insalubre. Então a gente pesquisou e desenvolveu máquinas e ferramentas que facilitam o processo. Nada elétrico, porque é para o meio rural, onde o acesso à energia elétrica é difícil, e também de fácil manutenção, mas todos dentro do padrão de boas práticas de fabricação”, explana Caselli. O engenheiro também ressalta que as quebradeiras de coco ainda contarão com treinamentos de empreendedorismo, para a venda dos produtos derivados do coco.

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Prof. Dr. Tarso Caselli da UFPI

Francisco Pinheiro, responsável pela análise dos produtos, como o óleo e o biodiesel, conta como se dá a relação do Curso de Engenharia de Produção com o projeto. “Nós temos o grupo de pesquisa GEAPI (Grupo de Estudos Avançados de Projetos Industriais), e a gente sempre busca envolver alunos de graduação e de mestrado, em específico os alunos do mestrado de meio ambiente. E ele já estão verificando melhorias nessa mini franquias, buscando a energia solar e o beneficiamento desses produtos de forma a ter produtos com mais qualidade, e agregando valor a eles”, ressalta Pinheiro.

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Francisco Pinheiro, Prof. Dr. da UFPI

Fernando Bem-Vindo, da equipe de Coordenação de Projetos da Fazenda da Paz, comenta sobre a contribuição da fazenda e a preocupação da equipe com a iniciativa. “Nossa preocupação é social mesmo, com a questão da mulher e do extrativismo, para melhorar as condições de vida. Estamos contribuindo com a pesquisa e o desenvolvimento da tecnologia, para que as mulheres que estejam em situação precária de extrativismo recebam esse maquinário. Então não se trata de um curso para quebradeiras de coco, mas de um processo de melhoria do trabalho delas através dessa nova tecnologia que foi desenvolvida”, afirma.

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Fernando Bem-Vindo, da equipe de Coordenação de Projetos da Fazenda da Paz

O projeto Babcool é financiado por meio de emenda parlamentar da Vice-Governadora do Piauí Regina Sousa. Ela conta que foi quebradeira de coco na adolescência e que entende a dificuldade de se realizar esse tipo de trabalho e por isso é importante valorizá-lo e promover melhores condições para sua prática. “Trata-se de uma forma mais moderna de extrair a amêndoa, como mostra a pesquisa da Universidade, e principalmente mostra toda a cadeia que pode ter com o babaçu. Tudo é aproveitável com o babaçu. Tem o azeite extra virgem, o azeite de coco queimado, o mesocarpo. E também serve para preservar esse movimento, porque as quebradeiras de coco hoje já estão com uma certa idade, e as meninas mais novas não têm interesse nesse tipo de trabalho”, comenta.

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Vice-Governadora do Piauí Regina Sousa

Angel Hiddalgo, Coordenador de Infraestrutura da UFPI, esteve no evento de apresentação do projeto, em representação ao Reitor Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, e destaca a satisfação da Universidade com a parceria e a qualificação da equipe envolvida. “O papel da universidade é transferir conhecimento para a sociedade, e é isso que vemos com esse projeto. E duas coisas são importantes destacar. Primeiro a organização dos professores e de toda a equipe. E em segundo, a visão da vice-governadora que identificou a capacidade da equipe para a realização dessa mini franquia”, diz Hiddalgo.

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Angel Hiddalgo, Coordenador de Infraestrutura da UFPI

Este primeiro momento conta com a implantação de uma unidade piloto no Projeto de Recuperação Feminina da Fazenda da Paz. Nesse local as quebradeiras têm acesso ao Galpão, com equipamento de quebra, lavagem, separação e moagem, todos projetados com a contribuição do Grupo de Estudos Avançados em Projetos Industriais do Curso de Bacharelado em Engenharia de Produção da UFPI.

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Produtos derivados do coco babaçu

A partir de seu desenvolvimento, o projeto visa ainda mapear a cadeia produtiva de coco babaçu na capital piauiense, e posteriormente possibilitar a instalação da franquia em outros municípios.

 

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