Faltas frequentes de internet na UFPI são causadas por isolamento do PoP-PI da RNP; organização é vinculada ao MCTIC

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Panorama RNP é atualizado a cada três minutos no site da organização

Se você tentou acessar a internet nos últimos dias pela rede da Universidade Federal do Piauí ou os sistemas da Instituição usando outra rede e não conseguiu, isso acontece por causa do isolamento do PoP-PI da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), como o ocorrido na última segunda-feira, dia 01 de abril.

A RNP provê a integração global e a colaboração apoiada em tecnologias de informação e comunicação para a geração do conhecimento e a excelência da educação e da pesquisa. É uma Organização Social (OS) vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e mantida por esse em conjunto com os ministérios da Educação (MEC), Cidadania, Saúde (MS) e Defesa (MD), que participam do Programa Interministerial da RNP (PI-RNP).

O PoP-PI é o ponto de presença da RNP no Estado e provê internet para a UFPI, Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), dentre outras instituições. Com o rompimento de fibras nas duas entradas (Pernambuco e Pará), as instituições ficam sem a rede de acesso.

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Filipe Soares, Coordenador de Infraestrutura substituto da STI

“Nesse dia [01 de abril], dois pontos da fibra foram rompidos na conexão com o Pará. Como já não tínhamos conexão com Pernambuco em decorrência de uma peça queimada no equipamento, perdemos esses dois lados e ficamos isolados, sem acesso, somente com acesso da rede interna. Por isso, quem estava dentro da UFPI funcionava e quem estava fora tentando acessar um serviço da UFPI não acessava, porque a gente estava sem disponibilizar e sem receber qualquer coisa na internet”, informou Filipe Soares, Coordenador de Infraestrutura substituto da Superintendência de Tecnologia da Informação da UFPI.

Os problemas técnicos que causam o isolamento são imprevisíveis e podem ser ocasionados por situações diversas, como questões climáticas, localização das fibras e até a queima de equipamentos. A RNP é responsável pelos ajustes e restabelecimento do serviço. A STI procura informar à comunidade acadêmica quando existe alguma falha no fornecimento de internet.

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Arinaldo Lopes da Silva, Chefe da Divisão de Segurança da Informação da STI 

“Se estiver dentro da Universidade, pode acessar a página da STI que a gente coloca um comunicado informando o que está acontecendo. Se tiver fora da Universidade, como estará sem conectividade com os sites institucionais, pode acessar diretamente o site da RNP, onde tem um panorama que mostra como está a situação atual do provedor de internet da UFPI, que é o PoP-PI. Lá tem dois enlaces no PoP, um com o Pará e outro com Pernambuco, se os dois estiverem fora, então a UFPI estará sem conectividade”, informou o Chefe da Divisão de Segurança da Informação da STI, Arinaldo Lopes da Silva.

Sistema de segurança de dados da UFPI reforçado

Em maio de 2018, a UFPI implementou soluções de firewall da Palo Alto Networks para reforçar seu sistema de segurança da informação. O projeto inclui a adoção de firewalls em todas as unidades, incluindo o data center principal em Teresina (PI). A universidade também implementou o Panorama, software de gerenciamento de segurança de rede da Palo Alto Networks para unificar políticas de segurança e regras de uso flexíveis em harmonia com as necessidades de cada unidade.

A UFPI adquiriu nove firewalls da Palo Alto Networks (dois PA-320s, dois PA-5220s e cinco PA-820s) para adicionar redundância e manter a alta disponibilidade de rede. Ainda, na central em Teresina, a UFPI implantou o Panorama para entregar visibilidade e controle granular até o nível dos pacotes de rede. O software ainda pode gerenciar aplicações e regular limites de tráfego para cada perfil de usuário.

“Nos últimos anos, foi feito um investimento muito grande nessa área de segurança, inclusive com troca de equipamentos na STI. Foi investido quase dois milhões de reais para garantir segurança e a gente conseguiu garantir essa segurança. Tem um equipamento que é Palo Alto Networks que permite que a gente faça a inspeção minuciosa de todo o pacote que entra na Universidade e, com isso, a gente consegue bloquear automaticamente vários tipos de ameaça. E a proteção é atualizada constantemente por conta desse equipamento. Então, se surgir uma ameaça nova, muito provavelmente a gente já vai ter a proteção contra essa ameaça por conta dessas atualizações que foram garantidas através da aquisição desse novo equipamento”, informou Arinaldo Lopes da Silva.

Filipe Soares ressaltou, ainda, que a segurança não é feita somente por um dispositivo, uma técnica ou um programa. “A segurança é composta de diversas camadas (defesa em profundidade), diversos métodos, diversos outros dispositivos, etc, que requerem constante acompanhamento pelos técnicos da STI”, finalizou.

*Com informações da RNP, Palo Alto Brasil e PoP-PI